Publicado em 05/04/2019 às 15h39.

Wagner apresenta emenda a projeto anticrime de Sérgio Moro

Emenda feita pelo petista vai na contramão do que propôs o ministro Sérgio Moro, segundo site

Redação
Foto: João Ramos/ Ascom SDE
Foto: João Ramos/ Ascom SDE

 

O senador baiano Jaques Wagner (PT) apresentou uma emenda ao pacote anticrime que, se for aprovada, poderá diminuir de 12 para 5 anos a pena máxima do crime de corrupção, caso a propina seja paga como doação não declarada de campanha.

A emenda feita pelo petista vai na contramão do que propôs o ministro Sérgio Moro, segundo o site O Antagonista.

O texto original indica que o recebimento de recursos não declarados para a campanha é crime eleitoral, com pena de 2 a 5 anos.

Mas se for comprovada contrapartida à doação, o político passa a ser punido por corrupção, com pena que varia de 5 a 12 anos. Se há tentativa de esconder o pagamento, aplicam-se mais 3 a 10 anos por lavagem de dinheiro.

Confira nota da assessoria de imprensa de Jaques Wagner:

“Trata-se de Projeto de Lei que atropela a tramitação regular na Câmara dos Deputados, que já examina proposta do Poder Executivo com o mesmo teor, com o auxílio de Comissão Especial que discute a matéria. Uma cópia foi apresentada por senadores em evidente manobra regimental, para que tramite antes no Senado Federal.

Além disso, violenta a autonomia do Poder Judiciário, pois o Supremo Tribunal Federal, em 14/03/2019, decidiu pela separação dos crimes comuns das infrações eleitorais, estas submetida à Justiça especializada.

A emenda apresentada pelo Senador Jaques Wagner tem o objetivo de cumprir o que estabeleceu o STF e evitar judicialização que prejudique o devido e necessário tratamento de relevante matéria”.

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