Publicado em 17/04/2019 às 10h56.

Zé Cocá, com a reputação posta em jogo pela PF, é só desolação

Se Cocá é culpado ou não só o tempo dirá. Mas convém lembrar: entre baianos a PF não merece tanta fé. Que o digam Colbert Martins e Antonio Honorato

Levi Vasconcelos
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

Prefeito de Lafaiete Coutinho de 2009 a 2016, com uma administração tão elogiada que ano passado tornou-se o mais votado em Jequié e também o favorito para 2020 lá, o deputado Zé Cocá (PP) ontem era o retrato da desolação.

Ele foi um dos alvos da Operação Three Hill, da PF, acusado de ter feito licitações num único posto entre 2010 e 2016 e ser dono do dito cujo, através de laranjas, segundo ele, simplesmente uma mentira.

— Lafaiete nunca teve posto de gasolina. Dermival Lucena, o meu antecessor, ia comprar em Maracás. O posto mais próximo, na BR-116, a 20 km, nunca se interessou. E Jequié fica a 35 km. Um cidadão resolveu instalar o posto lá. Íamos comprar aonde? E aí todo mundo passa a lhe chamar de ladrão.

Outros casos

Cocá disse que com 30 dias de mandato, em Lafaiete, sofreu a primeira ação da PF. Era uma cidadã que tinha o mesmo número do Pis-Pasep de outra pessoa. Seis meses outra ação, caso envolvendo a merenda, num contrato de menos de R$ 10 mil.

— Vou passar a semana pensando se fico nisso ou não.

Quando Cocá falava chegou o deputado Dal (PP), dono de uma rede de postos de gasolina. E bradou:

— De posto de gasolina eu entendo e conheço os donos. Esse aqui nunca foi.

Se Cocá é culpado ou não só o tempo dirá. Mas convém lembrar: entre baianos a PF não merece tanta fé. Que o digam Colbert Martins e Antonio Honorato.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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