Publicado em 16/04/2019 às 13h06.

Zé Neto se lança em Feira e sacode os ensaios para 2020

"É um projeto individual, carreira solo e egoísta, por isso vai caminhar só", avalia Carlos Geilson, ouvidor do Estado

Levi Vasconcelos
foto: Matheus Morais/ bahia.ba
foto: Matheus Morais/ bahia.ba

 

Até o ano passado líder do governo na Assembleia, o agora deputado federal Zé Neto (foto) foi lançado sábado pelo PT como pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, e agitou a política lá.

Fernando Torres (PSD) e Angelo Almeida (PSB), os aliados feirenses de Otto Alencar e Lídice da Mata, ficaram calados, mas Carlos Geilson, agora no Podemos, cristão novo na base governista, e declarado pretendente à prefeitura, esperneou. No programa de rádio que ele faz, disparou:

— É um projeto individual, carreira solo e egoísta, por isso vai caminhar só.

A banda de Ronaldo

Depois, Zé Neto ligou, Geilson disse que retirava o que disse. Noutra entrevista a Dilton Coutinho, Zé Neto admitiu que ‘adiante pode afunilar’, tentou botar panos quentes.

Zé Neto já foi candidato quatro vezes. Nas duas últimas foi mal. Em 2012 perdeu para Zé Ronaldo por 66,04% a 18,65%, e em 2016, também contra Ronaldo, foi pior: 71,12% contra 15,71.

Em Feira, tal qual Salvador, o cenário é embolado. Lá, na banda da oposição ao governo, está Colbert Martins (MDB), o prefeito que era vice de Ronaldo e assumiu no ano passado; Irmão Lázaro, que era do PSC e passou para o PR, da base de Rui, mas corteja o apoio de Ronaldo; e Targino Machado (DEM).

Colbert e Targino dizem que ninguém é candidato de si próprio. Ronaldo está calado. Todos acham cedo para falar nisso, menos Zé Neto.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.