Advogada acusa mulher de aplicar golpes em loja de roupas

Um grupo de mulheres afirma ter caído em um golpe por meio de uma página que comercializa roupas no Instagram. Circulam na internet imagens de alguns posts de diferentes pessoas que acusam Joseane Ramos Pinto, suposta dona da loja Look das Amigas – que tem quase 40 mil seguidores na rede social – de não entregar os produtos após o pagamento.

Uma advogada, de 26 anos, de Salvador, prestou queixa na Delegacia do Consumidor nesta segunda-feira (30) e contou ao bahia.ba que uma compra no valor de R$ 170 foi feita há cerca de duas semanas e a entrega prevista para a terça-feira passada (24) não foi cumprida. Ela disse que não poderia encontrá-la na data e remarcou para sexta-feira (28), mas deu início a uma série de desculpas e desencontros.

“Na sexta-feira ela mandou a foto de um prontuário médico, dizendo estar sendo atendida. Às 12h, como estava combinado, fui encontrá-la no shopping, mas ela não apareceu”, relata a advogada.

Mesmo sem aparecer, ela continuou em contato e disse que um motoboy faria a entrega até às 22h. Desconfiada, a advogada disse que não acreditava mais, e Joseane decidiu que faria a devolução do dinheiro, sob alegação de que “não trabalhava com aperto de mente”, em referência às cobranças feitas pela cliente.

A advogada resolveu procurar o nome da vendedora na internet e, para a sua surpresa, descobriu uma reportagem de agosto, que mostrava postagens de mulheres no Facebook que acusavam Joseane de aplicar golpes semelhantes: a cliente depositava o valor mas não recebia a mercadoria. Outro sinal que chamou a atenção: a foto enviada era de um prontuário médico de 2015.

Após a vítima prestar a queixa, Joseane Ramos Pinto entrou em contato na noite desta segunda-feira (30). “Ela mandou mensagem chorando, disse que já errou muito na vida mas que está buscando consertar. Disse que estava com as peças, mas eu não quis mais”, conta a advogada.

Joseane é acusada de aplicar o golpe há cerca de um ano, principalmente na cidade de São Francisco do Conde, onde um inquérito foi aberto para apurar o caso. Nos últimos tempos, ela teria expandido a sua área de atuação, com uma das vítimas inclusive do Rio de Janeiro.