Publicado em 23/07/2018 às 17h00.

Advogado acusado de matar publicitário em acidente usará tornozeleira

Justiça ainda determinou suspensão de CNH de Roberto João Starteri Sampaio, que também não poderá se ausentar de Salvador sem autorização; batida ocorreu em 2014

Redação
Foto: Ruan Melo/ G1
Foto: Ruan Melo/ G1

 

O advogado e professor universitário Roberto João Starteri Sampaio, acusado de ser o responsável pela morte do publicitário Daniel Prata após um acidente de trânsito na Av. Antônio Carlos Magalhães (ACM), em 2014, será monitorado por tornozeleira eletrônica.

A determinação do Tribunal de Justiça atende a um pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e prevê ainda a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a proibição de Roberto João se ausentar do país e de Salvador sem autorização da Justiça.

O réu só poderá deixar o domicílio para fins de trabalho e apenas durante o dia. De acordo com o G1, no período de 21h às 6h, o advogado estará proibido de ultrapassar um raio de circulação de 50 metros do endereço residencial, salvo em casos de urgência médica, tratamento de saúde ou mediante comunicação prévia à Central de Monitoração Eletrônica (CMEP).

O professor respondia em liberdade ao processo sobre a morte do publicitário. Em maio deste ano, ele foi preso em flagrante durante blitz de alcoolemia. Na ocasião, Roberto apresentou sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro e teve a CNH retida.

De acordo com a juíza Gelzi Maria Almeida Souza, que assina a sentença, na noite em que foi flagrado pela blitz, o professor descumpriu a medida cautelar de recolhimento noturno, expedida há dois anos pelo processo da morte de Daniel Prata. Ainda segundo a magistrada, no caso de descumprimento das medidas desta sentença, o juiz poderá decretar a prisão preventiva do professor.

“A monitoração eletrônica, por óbvio, faz-se necessária, ante o descumprimento já relatado, sendo necessária a vigilância, ante a insuficiência e inadequação de outras medidas que atendam ao fim pretendido, impedir o cometimento de novas infrações penais, atentando-se ainda, à gravidade e circunstâncias do fato e condições pessoais do réu”, afirmou a juíza na sentença.

Foto: Reprodução/TV Bahia
Foto: Reprodução/TV Bahia

Acidente – No dia 8 de novembro de 2014, o veículo conduzido por Daniel Prata, passava em um cruzamento, a uma velocidade de aproximadamente de 10km/h, quando foi atingido pela caminhonete do advogado, segundo perícias técnicas. O publicitário morreu na hora. A médica Luciana Tavares Lucetti, que estava no carro junto com Daniel, ficou gravemente ferida.

O Ministério Público denunciou Roberto João Starteri com base no inquérito policial, que segundo o MP, aponta para estado de embriaguez do advogado no momento da condução do veículo. Conforme a investigação, ele estaria a uma velocidade entre 135 km/h e 140 km/h no momento do choque.

Antes da batida, segundo a denúncia, Roberto Starteri tinha acabado de sair de uma boate no bairro do Rio Vermelho, onde havia ingerido bebidas alcoólicas e gerado confusão durante a saída do estabelecimento. No entanto, ele negou ter bebido na noite do acidente e acusou a vítima de ter feito uma ultrapassagem.

Roberto João Starteri Sampaio responde em liberdade.

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