Publicado em 27/11/2018 às 08h53.

Após reunião na Casa Civil, rodoviários decidem manter protesto na sexta (30)

Segundo o presidente da entidade, Fábio Primo, o secretário Bruno Dauster admitiu que 'se expressou mal' ao falar sobre retirada das linhas de ônibus

Milena Teixeira
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

 
Após reunião com o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, o Sindicato dos Rodoviários da Bahia decidiu continuar com o protesto marcado para a próxima sexta-feira (30). O encontro aconteceu na última terça-feira (26), no Centro Administrativo, e debateu a suposta ameaça de retirada de 100 linhas de ônibus da cidade.

De acordo com Primo, Dauster reconheceu “que se colocou mal” ao falar sobre a extinção das linhas. “Não houve um acordo na reunião, mas o secretário admite que se expressou mal”, declarou o presidente da entidade.

“Ele reconheceu que a palavra não era retirada de linha, e sim remanejamento. O que a gente quer de fato é que isso vá para o papel. Vamos aguardar e o protesto continua marcado, porque os motoristas temem perder o emprego”, concluiu o representante dos rodoviários.

O bahia.ba procurou o secretário Bruno Dauster, mas não obteve retorno até o final da publicação. Uma nova reunião ficou marcada para a próxima semana.

Entenda a polêmica

A discussão sobre a retirada de linhas começou com uma declaração do chefe da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, que pediu, em entrevista à Rádio Metrópole, na última quarta-feira (21), para que a prefeitura de Salvador cumprisse um acordo e retirasse cerca de 100 linhas que fazem o mesmo percurso que o metrô. A exclusão das linhas já estava prevista em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre Estado e prefeitura, assinado em 2017.

Em resposta, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou, nesta segunda-feira (26), que a prefeitura não deve implantar a medida. “Não vamos retirar absolutamente nenhuma das linhas que o governo do estado está sugerindo que sejam suprimidas, porque isso iria gerar um caos na cidade. A população não pode ficar sem essas linhas de ônibus. Eu tenho o dever, a responsabilidade, enquanto prefeito, de zelar pelo transporte público, pela mobilidade das pessoas. (…) O que o governo do estado quer penaliza as pessoas mais pobres que dependem do ônibus e não vou permitir que isso aconteça. Enquanto eu for prefeito, não vamos suprimir nenhuma linha de ônibus”, declarou.

 

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