Publicado em 09/10/2017 às 06h12. Atualizado em 09/10/2017 às 09h46.

PF cumpre mandados na BA contra fabricação clandestina de suplementos

A Operação Hedonikos visa coibir crimes praticados por um empresário da cidade de Feira de Santana; há mandados também em Salvador

Redação
Foto: Alexandre Galvão / bahia.ba
Foto: Alexandre Galvão / bahia.ba

 

A Polícia Federal, com o apoio da Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado (Divisa), deflagrou, na manhã desta segunda-feira (9), a Operação Hedonikos, que visa coibir crimes praticados por um empresário da cidade de Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, que, dentre outros ilícitos, atuava na fabricação clandestina de suplementos alimentares que eram distribuídos para toda a região Nordeste.

De acordo com a PF, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Feira e Salvador; um de prisão preventiva, três de condução coercitiva, além de seis de sequestros de bens e bloqueio de valores em contas bancárias, todos expedidos pela 3ª Vara Federal de Feira de Santana.

Nesta segunda, por volta das 5h30, dois carros da PF foram vistos na Avenida ACM, nas imediações do Shopping da Bahia, sentido Avenida Tancredo Neves.

A investigação começou há cerca de três meses com o objetivo inicial de apurar fraudes cometidas por um empresário contra a Caixa Econômica Federal (CEF), por causa da abertura de contas bancárias e obtenção de empréstimos fraudulentos com a utilização de documentos falsos.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

Constatou-se que o empresário obteve a alteração de seu nome em virtude de decisão judicial de reconhecimento de paternidade, e passou a utilizar a identidade antiga para cometer uma gama variada de fraudes, desde abertura de contas bancárias em instituições financeiras à constituição de empresas, tudo com o nome, CPF e RG já inativos, com a consequente inadimplência perante as instituições e não pagamento de tributos das empresas.

Só com a Caixa Econômica Federal, o débito ultrapassa a cifra R$ 6,5 milhões. Durante as investigações descobriu-se também que diversas empresas constituídas pelo investigado com a utilização de “laranjas” atuavam na fabricação e comercialização clandestina de suplementos alimentares, que eram produzidos sem qualquer autorização dos órgãos de vigilância sanitárias competentes e distribuídos através de sua rede de lojas em Feira de Santana e Salvador, além das demais lojas do ramo em todo o Nordeste brasileiro.

A partir dos negócios ilícitos, o empresário conseguiu constituir um patrimônio significativo, com a aquisição de imóveis, veículos de alto padrão e até mesmo uma lancha, os quais não eram declarados às autoridades fazendárias por estarem registrados em seu antigo nome ou em nome de terceiros.

Os investigados irão responder pelos crimes de estelionato, fabricação clandestina de produtos equiparados a medicamentos, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

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