Christiano Rangel é preso por descumprir medida protetiva; relembre caso

O empresário Christiano Mascarenhas Rangel foi preso nesta quarta-feira (3), em Salvador, por descumprir a medida protetiva expedida pela Vara de Violência Doméstica para que não se aproximasse da ex-namorada Aída Nunes – em 2014, Rangel foi condenado por ter agredido a moça.

“Em razão desse descumprimento, a justiça entendeu pela decretação da prisão preventiva dele”, explicou Rosberg Crozara, advogado da vítima, ao jornal Correio. Ainda segundo Crozara, Rangel permaneceu no exterior até o início deste ano, quando teria retornado ao Brasil e tentado uma reaproximação com a ex.

Rangel foi levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), no bairro de Brotas, no período da tarde. No início da noite, ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes, na Avenida ACM. Não há informações se ele foi liberado ou se continua preso em Salvador.  A prisão preventiva não tem prazo de validade e cabe à justiça decidir de acordo com a continuidade ou não da situação de vulnerabilidade da vítima do crime.

Ao bahia.ba, Fabiano Pimentel, advogado de Christiano Rangel, defendeu que a prisão do empresário é ilegal. “Consta na decisão que ele teria se aproximado da vítima na academia que ela frequentava. Não há prova de que Christiano Rangel teria falado com ela, ou se aproximado dolosamente. Não houve nem mesmo contato visual entre eles, logo o motivo da prisão é insubsistente”, justificou.

Pimentel afirma ainda que Rangel possui uma condenação em regime aberto e que a prisão preventiva se torna mais grave do que a própria pena: “O Tribunal de Justiça da Bahia reduziu a pena do acusado e concedeu o regime aberto. Não razoabilidade nisso”.

O caso – A amazona Aída Nunes, que tinha 30 anos à época da agressão, acusou o empresário e ex-namorado de agressão física. Aída revelou ter sido agredida na madrugada do dia 12 de janeiro de 2013, na casa do empresário, no bairro da Barra, quando já estavam separados. Segundo ele, Aída teria, na verdade, “caído dentro do apartamento”.

Em 2014, Rangel foi condenado a quatro anos de prisão. A pena foi reduzida para dois anos e oito meses, no ano passado, em regime semiaberto.