Publicado em 08/08/2018 às 09h45.

Cortes dos salários: TJ-BA nega pedido dos professores contra prefeitura

Em mais um ato marcado para as 14h desta quarta, no Centro Histórico, a categoria tentará entregar um documento ao prefeito ACM Neto “em defesa da educação”

Luís Filipe Veloso
Foto: Divulgaçao/ APLB
Foto: Divulgaçao/ APLB

 

Em greve há 29 dias, os professores da rede municipal de ensino de Salvador perderam uma batalha no campo jurídico contra a prefeitura. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) negou o pedido, em caráter liminar, do sindicato da categoria, a APLB, que tentava impedir o corte dos salários dos educadores que estão fora das salas de aula durante os dias do movimento.

Responsável pela análise da ação, o desembargador Baltazar Miranda Saraiva considerou que, em princípio, a gestão municipal não teria demonstrado “conduta recriminável” que justificasse a greve.

A categoria promete, agora, solicitar que o Ministério Público Estadual apure o uso excessivo de força na atuação da Guarda Civil Municipal contra um grupo que realizava um protesto nesta terça-feira (7) na sede da secretaria de Educação da capital.

Inúmeros vídeos compartilhados nas redes sociais, um deles publicado no bahia.ba, mostram o momento em que, durante um empurra-empurra, os agentes dispararam bombas de gás-lacrimogêneo e spray de pimenta contra os manifestantes.

A prefeitura justificou, em nota, que os guardas “foram hostilizados e agredidos por mais de 150 manifestantes do sindicato quando tentaram garantir o acesso de servidores à sede da secretaria”. Também disse que apenas 22 das 434 escolas, o equivalente a 5% da rede, estão com as atividades comprometidas pelo movimento.

Em mais um ato, marcado para as 14h desta quarta-feira (8), entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores, no Centro Histórico, os professores tentarão entregar um documento ao prefeito ACM Neto (DEM) “em defesa da educação” com assinatura colhidas durante os dias de greve.

Nesta quinta-feira (9), a categoria volta a se reunir no Ginásio do Sindicato dos Bancários, nos Aflitos, para discutir os rumos do movimento.

Os professores pedem 6,8% de reajuste (para efetivos, aposentados e temporários), mas a prefeitura oferece 2,5%.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.