Publicado em 07/05/2018 às 07h12.

Falta de habitação provoca invasões a prédios abandonados em Salvador

Um dos edifícios ocupados por moradores sem-teto é o Rajada, no bairro do Comércio

Redação
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

A falta de habitação para os mais pobres não é algo que acontece somente em São Paulo, onde na semana passada um prédio desabou e deixou dezenas de desaparecidos. De acordo com o jornal “Folha de São Paulo”, falta habitação para 461 mil baianos.

Um dos edifícios invadidos pelos sem-teto se chama Rajada e fica no bairro do Comércio, abrigando atualmente 32 família. O prédio só tem um único banheiro que serve a todos. Água, só à noite.

Há 11 anos no local, Joelza Gonçalves Araújo, 47, é uma das moradoras mais antigas do Rajada. Com seu filho Jean, de 17, ela mora em um quarto do edifício, com 20 metros quadrados, limpo e arrumado. “Ainda vamos conseguir um canto só nosso”, falou para o jornal.

Já a pedagoga Aidinalva Barbosa, 59, mora no subsolo, onde predominam mofo e infiltrações, com o filho Pedro, de 21, uma cadela e outras três famílias. “Não é o espaço ideal para criar nossos filhos. Mas aqui é o nosso espaço de luta. A ocupação é o que dá sentido a nossa causa”, afirmou.

Segundo a Prefeitura de Salvador, no centro histórico cerca de 500 casarões não estão ocupados por seus proprietários. Pelo menos 266 correm risco de desabamento.

“Os casarões que estão de pé permanecem assim por causa das ocupações. Quem está dentro procura cuidar do imóvel”, afirma Maura Cristina, 60, que mora em um sobrado no bairro do Carmo.

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