Publicado em 12/04/2016 às 10h00.

Famílias Sem-Teto resistem na desocupação de prédio no Horto

Cerca de 32 famílias estão no local desde domingo; Movimento diz que ocupação aconteceu porque imóvel estava abandonado desde 1985

Redação
Prédio no bairro do Horto Florestal. Foto: Reprodução/TV Bahia
Prédio no bairro do Horto Florestal. Foto: Reprodução/TV Bahia

 

Famílias do Movimento Social Sem-Teto resistem à notificação para desocupar prédio no bairro do Horto Florestal, área nobre de Salvador. Integrantes do grupo afirmaram, na tarde de segunda-feira (11), que não irão atender à determinação da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom).

“Eles notificaram sem fazer vistoria de nada. Disseram que o prédio não tinha condição de habitação. Mas nós convocamos alguns arquitetos e urbanistas da Ufba e eles vieram e disseram que tem sim condições de habitação. Sendo assim, iremos continuar aqui”, afirmou o coordenador da Associação dos Trabalhadores e Desempregados Sem-Teto (ATDSTS), Jhone Bastos.

Em nota, a Sucom afirmou que a ação é respaldada no Código de Polícia Administrativa de Salvador (Lei 5503/99) e foi tomada com base na irregularidade da ocupação e na segurança das pessoas que estão no local, por se tratar de um ambiente insalubre e inseguro.

De acordo com Bastos, cerca de 32 famílias estão no local, o que totaliza 150 pessoas, desde domingo (10). “Nós chegamos aqui por meio de uma seleção de imóveis vazios em Salvador. Identificamos 47 prédios e este estava incluído nele. Não é por ser aqui, em uma área nobre, mas porque ele estava abandonado desde 1985”, conta.

Proprietários –  Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia pelo advogado do empresário, que é dono de 33 dos 36 apartamentos em construção no prédio. “Meu cliente estava buscando a alteração do projeto ou um parceiro aqui em Salvador para poder concluir a obra”, declarou.

O defensor informou ainda que o cliente negociava os as outras unidades, uma vez que as obras só podem prosseguir com a concordância de todos os proprietários e, por isso, a demora na conclusão dos trabalhos. Ele prevê que a execução será retomada nos próximos seis meses.

O advogado repudiou a invasão e comentou que a questão deve ser resolvida na Justiça. “A fachada estava fechada, não teria nenhum motivo para essa invasão. [Vamos] Torcer para que isso se resolva da melhor forma possível, caso contrário, a gente terá que adotar uma medida judicial para resolver esse problema”, disse, ao G1.

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