Publicado em 21/05/2018 às 08h22. Atualizado em 21/05/2018 às 09h10.

Hélio Ferreira afirma que ‘greve está marcada para quarta-feira’

Segundo o sindicalista, qualquer mudança nos planos só será motivada por uma proposta da prefeitura ou da Integra, que seja aceita pela categoria

Luís Filipe Veloso
Foto: Divulgação
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Os rodoviários vão cruzar os braços por tempo indeterminado à meia-noite desta quarta-feira (23), conforme afirmou nesta segunda (21), ao bahia.ba, o presidente do sindicato da categoria e vereador de Salvador, Hélio Ferreira (PCdoB).

O sindicalista disse que “está tudo encaminhado” para a greve e qualquer mudança nos planos só será motivada por uma proposta da prefeitura ou da Integra, entidade que representa as três concessionárias que operam o serviço na capital, à campanha salarial, que seja aceita pelos motoristas, cobradores e demais trabalhadores do sistema.

Com o pedido de reajuste de 6% no salário e 10% no tíquete refeição, o movimento paredista foi anunciado na sexta (18) para atender ao prazo legal de aviso prévio de 72h de divulgação da greve.

De acordo com o comunista, uma nova rodada de negociações acontece às 10h desta segunda na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no Boulevard Financeiro, região da Avenida Tancredo Neves, e será a última oportunidade para evitar a parada dos coletivos.

Na terça-feira, às 15h, no Ginásio do Sindicato dos Bancários, uma assembleia levará à categoria o que foi discutido na reunião mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, momento em que a greve será decretada e as estratégias do movimento serão estabelecidas.

Movimentos – Os rodoviários justificaram o atraso na saída de 900 coletivos da Integra OT Trans na quarta-feira (16) e a paralisação de 24h ocorrida neste domingo (20) como forma de forçar uma negociação com a gestão municipal e os empresários.

Em entrevista ao bahia.ba na quarta, Hélio Ferreira afirmou que a Integra não desejava discutir aumento, alegando uma crise financeira no setor.

“Os empresários propõem a retirada dos postos de trabalho dos cobradores [por meio da automatização do sistema], o não pagamento de horas extras e implantação de banco de horas e a retirada de um dos domingos de folga dos trabalhadores”, denunciou.

Também à reportagem, o representante das concessionárias, Jorge Castro, afirmou que o sistema de transporte de Salvador se tornou inviável financeiramente, o que compromete a manutenção do serviço e a concessão de reajuste aos trabalhadores.

Já o secretário de Mobilidade, Fábio Mota, tem defendido a cobrança de uma multa de R$ 1,2 milhão, dividida entre as três empresas, por dia em que o serviço é afetado pelo movimento.

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