Publicado em 21/05/2018 às 19h48.

Integra pressiona prefeitura e pede aumento de tarifa

"Não adianta empresário de ônibus querer pressionar a prefeitura. Eu disse que não reajustaria [a tarifa] agora de jeito nenhum", garantiu o prefeito ACM Neto

Breno Cunha

A prefeitura de Salvador intensificou a mediação entre rodoviários e empresários a fim de evitar a greve agendada para a próxima quarta-feira (23), mas informou que está recebendo exigências por parte da Integra que não pode atender, como aumento da passagem.

“Não adianta empresário de ônibus querer pressionar a prefeitura. O que eles pediram, não vou fazer. [Pediram para] reajustar tarifa, eu disse que não reajustaria agora de jeito nenhum. Me pediram para suprimir mais 70 linhas de ônibus da cidade, que poderia significar deixar de rodar mais de 200 ônibus e desempregando mais de mil rodoviários. Se tiver que enfrentar a greve, vamos enfrentar a greve”, garantiu o prefeito ACM Neto na noite desta segunda-feira (21), durante inauguração de uma praça em Colinas de Piatã.

O prefeito explicou ainda, em resposta à queixa dos empresários de que o transporte público não estaria dando lucro, que um estudo está sendo feito para verificar o sistema.

“Nós temos uma auditoria do sistema de bilhetagem que está sendo feita, um estudo que se estenderá até o fim do ano. E todas as medidas compensatórias por um eventual desequilíbrio serão tomadas a partir de 1º de janeiro de 2019. Empresários já sabem disso”, lembrou.

Também na noite desta segunda, o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, afirmou ao bahia.ba que os empresários estariam preparando uma proposta para apresentar aos trabalhadores durante uma nova rodada de negociações que está marcada para essa terça-feira (22).

O diretor da Integra, Jorge Castro, por sua vez, disse ao bahia.ba que “não pode desmentir o secretário”, mas que não sabe o que será feito, porque os empresários mantêm a postura de que não podem dar “nem um porcento sequer de aumento”.

Ele evitou comentar as declarações do prefeito ACM Neto e disse que “só as reuniões de amanhã poderão dizer” se haverá acordo ou não.