Publicado em 07/07/2018 às 16h30.

Ministro da Saúde pede que pais vacinem filhos contra a poliomielite

“Temos que ter a retomada de uma consciência da nossa população, de que às vezes não tendo a doença mais, entende que não é necessário tomar a vacina"

Rayllanna Lima
Foto: Matheus Morais/bahia.ba
Foto: Matheus Morais/bahia.ba

 

Em visita à capital baiana para a entrega de obras e recursos, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, fez um apelo simbólico para o combate a endemias.

Voltando a ser aceso o alerta para surto de poliomielite no Brasil, sobretudo na Bahia, ele pediu para que pais e mães levem as crianças para tomar a vacina contra a doença, que foi erradicada no estado desde 1988.

“Temos que ter a retomada de uma consciência da nossa população, de que às vezes não tendo a doença mais, entende que não é necessário tomar a vacina. É permanente a necessidade de nós estarmos prevenidos, tomando e vacinando as nossas crianças, adultos, profissionais da saúde e da educação. Quanto maior for a população protegida, maior será a diminuição do risco do vírus se proliferar. Eu faço esse apelo aos pais, as mães. As nossas crianças, os recém-nascidos devem tomar a vacina”, disse durante inauguração do Instituto Couto Maia, em Cajazeiras.

Pelo menos 63 cidades do interior estão com cobertura vacinal abaixo de 50%, o que, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informou à Tribuna da Bahia, potencializa o risco de reintrodução da doença.

A Campanha Nacional de Vacinação só ocorrerá em agosto, entre os dias 6 e 24. Todavia, devido aos dados recentes, a Sesab destaca que já está elaborando um plano de ação para melhoria das coberturas vacinais no estado.

Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.

Causa e transmissão – Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomielite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além das gastrointestinais, náusea, vômito e prisão de ventre.

A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados. No entanto, a doença deve ser prevenida por meio da vacinação. A vacina é aplicada nos postos da rede pública de saúde. Há ainda as campanhas nacionais.

A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas.

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