Publicado em 13/03/2018 às 10h18.

Moradores de Pituaçu reclamam da prefeitura e de demora no resgate

Ao bahia.ba, dona Marilene rebateu diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macedo, sobre construção irregular: "Nós humildes, vamos morar aonde?"

Luís Filipe Veloso
Foto: Luis Filipe Veloso/Bahia.ba
Foto: Luis Filipe Veloso/Bahia.ba

 

Os moradores da região de Pituaçu, onde um imóvel desabou na manhã desta terça-feira (13), reclamaram da atuação da prefeitura e disseram que o resgate demorou a chegar. Dona Marilene, moradora da comunidade, afirmou que os bombeiros só chegaram por volta das 8h – o deslizamento aconteceu por volta das 6h.

Ao bahia.ba, dona Marilene ainda rebateu a declaração do diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sósthenes Macedo,  que disse que o imóvel havia sido construído em área irregular.

“Aí eu não conheço [sobre o prédio não estar regularizado]. Mas acredito que todos os bairros quando acontece uma situação dessas, o argumento é que não deveria morar. Mas nós humildes, vamos morar onde? Se não tem condição de morar em outro lugar?”, questionou.

Outra moradora da região, Márcia Xavier, contou que foi acordada pelo irmão durante a madrugada. “Ele chegou batendo na porta, pedindo socorro, dizendo que estava morrendo […] Ele estava sem respirar ainda, todo melado de lama. Foi Deus que salvou ele”, afirmou.

Daniel Santos, primo da criança que morreu no desabamento, relatou que o garoto era “alegre” e “brincalhão”, e relembrou os últimos momentos ao seu lado. “Ontem, 10 horas da noite, eu disse que ia embora, ele falou para mim (sic) não ir. E hoje aconteceu isso”.

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