Publicado em 23/08/2018 às 11h43.

‘Não faço questão do meu foro privilegiado’, diz Sérgio Moro

Juiz defendeu o fim do direito para demais autoridades, "inclusive juízes"; ele também sugeriu que candidatos à Presidência sejam questionados nos debates sobre medidas que pretendem tomar para combater a corrupção

Luiz Felipe Fernandez
Foto: Matheus Morais/ bahia.ba
Foto: Matheus Morais/ bahia.ba

 

O juiz Sergio Moro afirmou não fazer “questão” do direito ao foro privilegiado. Para o magistrado, é necessário “eliminar” a “tradição de impunidade” para avançar no combate à corrupção.

Presente em Salvador para receber a medalha do mérito Tiradentes, o juiz disse que a ideia do foro privilegiado não só “gera impunidade”, como contraria a máxima da democracia de que “todos sã iguais perante as leis”. Ele recomendou que os atuais candidatos à presidência tenham o “compromisso” de por um fim ao direito para qualquer autoridade, “inclusive juízes”.

“Não faço questão do meu foro privilegiado, é mais um inconveniente do que uma espécie de privilégio […] É preciso limitar ou eliminar o foro privilegiado por completo”.

O magistrado disse que não irá participar de debates políticos, mas sugeriu que os candidatos – principalmente à Presidência – fossem questionados sobre medidas pretendidas para auxiliar no combate à corrupção.

“Temos que exigir das lideranças politicas, um firme compromisso contra a corrupção […] Não pode ser uma posição titubeante”, afirmou.

Principal expoente da Lava Jato, Moro também negou que a operação tenha sido usada com propósitos políticos: “”Quando não se tem o que dizer, evocam a ideologia. Dizem que a Lava Jato foi usada para prejudicar lideranças de esquerda. Ora. Não existe”, garantiu.

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