Publicado em 02/08/2018 às 17h14.

Polícia envia ao MP inquérito final sobre sumiço de Davi Fiúza

Mãe do jovem que desapareceu quando tinha 16 anos disse que filho sumiu após uma abordagem realizada por policiais do PETO e Rondesp

Redação
Foto: Rute Fiúza/Arquivo Pessoal
Foto: Rute Fiúza/Arquivo Pessoal

 

Quase quatro anos depois, a Polícia Civil da Bahia enfim concluiu e encaminhou ao Ministério Público do Estado (MP-BA) o inquérito sobre o desaparecimento do jovem Davi Fiúza. O resultado, contudo, está sob sigilo.

Davi desapareceu quanto tinha 16 anos, no dia 24 de outubro de 2014. Sua mãe, Rute Fiúza, afirma que o filho sumiu após uma abordagem realizada por policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) e Rondas Especiais (Rondesp), no bairro de São Cristóvão, na capital baiana.

O MP informou que já recebeu o inquérito, mas não deu detalhes sobre o assunto, se resumindo a informar nesta quinta-feira (2) que a promotora de Justiça Ana Rita Nascimento já está analisando os três volumes juntados pela Polícia Civil ao inquérito – que possui agora 12 volumes – e que a previsão é de que até o final do mês de agosto seja concluída a análise de toda a documentação.

A conclusão do inquérito pela Polícia Civil foi adiada várias vezes. Era para ter sido fechado, com atraso, em janeiro de 2017, mas, após solicitação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o MP-BA concedeu mais 90 dias para a conclusão. O novo prazo terminaria em abril do mesmo ano, mas a investigação não foi finalizada.

Inquérito – Segundo informações da investigação, no dia do desaparecimento de Davi, oito viaturas chegaram à Rua São Jorge por volta das 5h45. Segundo o advogado da família, Paulo Kleber Carneiro Carvalho Filho, os alunos foram ao local fazer incursões; era uma das etapas finais para pegarem o diploma. Além das incursões, eles tinham que conduzir pessoas envolvidas com o crime, por orientação de um dos policiais instrutores, um deles seria um adolescente chamado Ícaro.

As abordagens foram feitas em grupos. De acordo com Carvalho Filho, os alunos chegaram a invadir casas, segundo informou testemunhas. Embora a ação tivesse assustado os moradores, Davi saiu de casa para ir ao encontro da namorada, quando encontrou um morador, foi abordado por um dos grupos de policiais e jogado na mala do carro.

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