Publicado em 17/05/2016 às 21h40.

Rodoviários podem parar após reunião com empresários na sexta

Categoria e concessionárias não chegam a um acordo em mais uma rodada de negociações, desta vez com a mediação da SRTE

Redação
Foto: Divulgação/ Sindicato dos Rodoviários
Foto: Divulgação/ Sindicato dos Rodoviários

 

Os motoristas e cobradores de Salvador anunciaram nesta terça-feira (17) que vão aguardar a próxima reunião com os empresários mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE-BA), programada para a próxima sexta-feira (20), para definir uma possível data de início de greve na capital.

Patrões e empregados se reuniram na manhã desta terça-feira na sede da SRTE, mas novamente não chegaram a um consenso. Daniel Mota, diretor do sindicato da categoria, informou ao bahia.ba na noite desta terça que as concessionárias do transporte público “ainda não apresentaram qualquer proposta de reajuste salarial e mantêm o posicionamento de alteração da data-base de maio para novembro”, o que atrasaria em seis meses a negociação de aumento nas remunerações.

Ainda de acordo com o sindicalista, o prefeito ACM Neto se comprometeu em sensibilizar os empresários com a intervenção do secretário de Mobilidade Fábio Mota, durante um encontro ocorrido no fim da última semana. Para Daniel, caso nenhuma das alternativas de solução do embate seja bem sucedida, os trabalhadores darão andamento ao que ele chamou de “assembleias itinerantes”, reuniões realizadas de surpresa nas garagens durante as madrugadas, a exemplo da que ocorreu nesta segunda-feira (16), quando os trabalhadores da manutenção e da limpeza paralisaram as atividades entre as 18h e 20h30, o que provocou o atraso das rotinas operacionais nas sedes das empresas.

Campanha salarial – Os rodoviários de Salvador e a Integra, representante das concessionárias do transporte público, negociam a pauta de reivindicações há mais de 50 dias, sem sucesso. Enquanto os trabalhadores propõem um reajuste de 18% nos salários, os empresários mantêm a posição de alteração da data-base do mês de maio para novembro.

O impasse entre as partes resultou na decretação do estado de greve da categoria na última quinta-feira (12), que aguarda a decisão da diretoria do sindicato para o estabelecimento de uma data para início do movimento paredista.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.