Publicado em 30/06/2017 às 06h35.

Salvador amanhece com ônibus e chuva em dia de greve geral

Nas ruas, a reportagem do bahia.ba encontrou pontos de ônibus vazios, embora os coletivos operem normalmente

Luís Filipe Veloso
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

A capital baiana amanheceu sob forte chuva e com a presença dos ônibus do transporte municipal nas ruas na sexta-feira (30) em que as centrais sindicais e os movimentos sociais agendaram uma nova greve geral para protestar contra as reformas trabalhista e Previdenciária e pedir a saída do presidente Michel Temer (PMDB), envolvido em denúncias de corrupção.

Mesmo com a presença dos coletivos, às 5h30, quando habitualmente costuma ocorrer um grande movimento de usuários dos coletivos nas ruas, os pontos de ônibus estavam vazios.

Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

Ao bahia.ba, o presidente do sindicato dos Rodoviários da Bahia, Helio Ferreira, confirmou que nenhuma garagem está sob ação de piquete na manhã desta sexta.

Sobre a presença dos ônibus nas ruas e de apenas parte da categoria envolvida com as manifestações, agendadas para as 7h na região do Iguatemi e 15h no Campo Grande, o sindicalista disse se tratar de um “novo modelo de fazer protesto”.

“Não dá para tirar 100% dos ônibus das ruas porque isso até prejudica a população, né? Vamos fazer a mobilização de hoje como já fizemos outras vezes, sem tirar todos os ônibus”, concluiu Ferreira.

Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba
Foto: Luís Filipe Veloso/ bahia.ba

 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores na Bahia, Cedro Silva, declarou à reportagem que aguarda o engajamento de motoristas e cobradores na greve geral.

De acordo com o sindicalista, o combinado com os rodoviários é o bloqueio de vias importantes da cidade por volta das 7h. “O acerto é fechar com os ônibus a região do Iguatemi, Suburbana [Avenida Afranio Peixoto], estações de transbordo e saída da Lapa”, afirmou Cedro.

Questionado sobre a possibilidade de a presença dos coletivos nas ruas descaracterizar o movimento, o chefe da CUT no estado afirmou que cada categoria contribui de uma forma diferente. “Na última greve alguns trabalhadores do transporte tiveram os pontos cortados e isso teria prejudicado os profissionais”, justificou.

Temas: greve geral

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