Publicado em 24/08/2017 às 17h40.

Tragédia na Baía: Sesab diz que não houve mortes em unidades estaduais

Inquérito administrativo foi instaurado pela Marinha para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do naufrágio, que deixou oficialmente 18 mortos

Evilasio Junior
Foto: Divulgação/ Sesab
Foto: Divulgação/ Sesab

 

A tragédia na Baía de Todos-os-Santos, em que a lancha Cavalo Marinho I naufragou na manhã desta quinta-feira (24) com cerca de 120 pessoas a bordo, que deixou oficialmente 18 mortos, não teve óbitos registrados nas unidades estaduais, conforme balanço apresentado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

De acordo com a pasta, entre os sobreviventes resgatados, até as 17h, 24 foram atendidos em unidades estaduais; 15 no Hospital Geral de Itaparica; três no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus; um no Hospital Geral Ernesto Simões; dois no Hospital do Subúrbio e outros três no HGE, ambos na capital.

Segundo a prefeitura de Vera Cruz, mais 70 foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Mar Grande.

A Sesab ressaltou o fato de, pela primeira vez desde a inauguração, em 2016, o Centro de Atendimento a Múltiplas Vítimas do HGE ter sido “acionado para atender a uma emergência real”. Segundo a nota, a equipe foi desmobilizada às 13h.

Os números de mortos e feridos podem sofrer alteração, já que a falta de uma lista de passageiros dificulta a contagem, como declarou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão.

Além de helicópteros e equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, 130 homens, inclusive médicos e mergulhadores, cinco embarcações e quatro navios da Marinha do Brasil também participaram das ações de resgate. As buscas serão mantidas enquanto houver relatos de desaparecidos.

Conforme a Associação de Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), a lancha teria capacidade para transportar 160 pessoas, mas levava 120, entre elas quatro tripulantes, no momento do acidente. Antes de virar, ela bateu em uma pedra, devido à maré baixa e ao mau tempo.

Enquanto passageiros reclamaram da demora no socorro e das más-condições da nau, a agência estadual de regulação do serviço (Agerba) negou ter responsabilidade sobre o episódio.

Um inquérito administrativo foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do naufrágio. O governador Rui Costa decretou luto oficial de três dias no Estado.

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