Publicado em 09/01/2019 às 18h57.

Hospitais devem garantir serviço de anestesia para pacientes do Planserv

Reunião entre médicos e representantes do plano de saúde terminou sem acordo nesta quarta; pacientes relatam que anestesistas estão cobrando em média R$ 3 mil por atendimento

Rayllanna Lima
Foto: Divulgação/ GOVBA
Foto: Divulgação/ GOVBA

 

Em nota encaminhada ao bahia.ba pela Secretaria de Comunicação (Secom), o Governo do Estado reafirma que os hospitais têm obrigação de garantir os procedimentos de anestesia aos pacientes do Planserv, em meio à polêmica da suspensão do atendimento pelos médicos da especialidade.

O Estado orienta que ‘os pacientes entrem em contato com a ouvidoria do Planserv para que o caso seja encaminhado’, além de ratificar que ‘todos os hospitais devem garantir o serviço de anestesia, conforme determina contrato’ com o plano de saúde dos servidores públicos.

O impasse entre anestesistas e o Planserv não chegou ao fim nem mesmo com a mediação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que fez uma audiência de conciliação nesta quarta-feira (9). A reunião terminou sem acordo, e o atendimento dos profissionais pelo plano de saúde segue suspenso na capital baiana. Um novo encontro foi marcado para dia 30 próximo.

Enquanto não há sucesso nas negociações, devido a pendências contratuais, os valores relacionados ao atendimento anestésico fica a cargo de cada paciente assistido pelo plano do Estado, devendo ele pagar posteriormente os honorários de cada profissional.

O custo elevado cobrado pela anestesia, contudo, têm desestabilizado pacientes. Há procedimentos que chegam a custar R$ 3 mil.

A professora Miriam Cristina Brasileiro, de 55 anos, é uma das pessoas que sofrem com a precariedade no Planserv. Dessa vez, a mãe dela, dona Ary Ferreira Rodrigues, de 80 anos, já teve sua cirurgia de histerectomia total (retirada total do útero) remarcada algumas vezes.

Para a cirurgia de dona Ary, a família terá que desembolsar R$ 2.850 apenas para o anestesista.

“Esse foi o valor cobrado para a anestesia, sendo que me disseram que não é nem o valor que é repassado para o médico. É um absurdo, mas que vou ter que pagar pela urgência. Depois vou entrar no Ministério Público. É uma aposentada que veio usar o Planserv agora e está passando por todos esses transtornos”, disse.

E completou: “Desde o fim de novembro que a cirurgia está autorizada pelo Planserv, mas fica nesse jogo de empurra. Agendaram para fevereiro, mas estou tentando antecipar. É uma paciente que já está tomando antibiótico há um mês, porque já teve infecções hospitalares e não pode arriscar, senão aí mesmo que não fazem a cirurgia”, reclamou. Com informações da Tribuna da Bahia

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