Publicado em 14/11/2018 às 16h35.

Sesab: retirada de cubanos do Mais Médicos é ameaça para municípios baianos

Ao longo de cinco anos de existência na Bahia, programa beneficiou 5,6 milhões de pessoas, cobrindo 72% da Atenção Básica

Redação
Foto: Divulgação/Sesab
Foto: Divulgação/Sesab

 

A saída de cubanos do programa Mais Médicos é vista pelo secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, como uma ameaça para os municípios baianos.

De acordo com ele, ao longo de cinco anos de existência na Bahia, mais de 5,6 milhões de pessoas beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês e uma cobertura de 72% da Atenção Básica. Atualmente, o estado possui 1.522 médicos do Programa, que estão alocados em 363 municípios. Deste total, 846 são cubanos.

Os números foram apresentados nesta quarta-feira (14), durante a reunião da Comissão Intergestores Biparte (CIB), que aconteceu na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador.

“Além de possibilitar o acesso ao atendimento, o Mais Médicos vinha oferecendo atendimento de qualidade, mais humanizado à população”, disse Vilas-Boas.
O secretário comentou ainda sobre o fim da cooperação com a Organização Pan Americana da Saúde (Opas). “De uma só vez, sairão mais de 8.500 médicos cubanos dos locais onde estão trabalhando atualmente. Esses médicos estão em 2.885 municípios do país, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis, tais com Norte, semiárido nordestino, cidades com baixo IDH, saúde indígena e periferias de grandes centros urbanos”, disse.
“A substituição de médicos cubanos por brasileiros vinha sendo feita progressivamente, porém a reposição antecipada e imediatas não será algo exequível, o que irá certamente causar desassistência. Em cinco anos de programa, nenhum edital de contratação de médicos brasileiros conseguiu contratar essa quantidade de profissionais. O maior edital contratou 3 mil brasileiros”, pontua o titular da pasta da Saúde.

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