Publicado em 29/11/2024 às 17h30.

Dados da Saúde apontam que 95% das pessoas em tratamento contra o HIV estão intransmissíveis

No ano passado, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV

Redação
Foto: Shutterstock

 

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério da Saude, 95% das pessoas em tratamento contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) estão em supressão viral, que é quando a doença é intransmissível.

No ano passado, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV, de acordo com informações do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a Aids). O percentual é calculado a partir da estimativa de pessoas vivendo com HIV.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), as metas globais para acabar com a Aids como problema de saúde pública são: ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; ter 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral; e, dessas em tratamento, ter 95% em supressão viral. Hoje, em números gerais, o Brasil possui, respectivamente, 96%, 82% e 95% de alcance.

Conforme o relatório, o Brasil subiu seis pontos percentuais na meta de diagnóstico das pessoas vivendo com HIV, passando de 90% em 2022 para 96% em 2023. “Não foi fácil essa reconstrução. Esse trabalho é resultado do diálogo com a sociedade civil e vários movimentos que, historicamente, também foram responsáveis pela centralidade que a agenda passou a ter como política pública”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O aumento no número de diagnósticos da doença, segundo o relatório, foi registrado devido à expansão da oferta da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), uma vez que para iniciar a profilaxia, é necessário fazer o teste. Com isso, mais pessoas com infecção pelo HIV foram detectadas e incluídas imediatamente em terapia antirretroviral.

No mesmo dia, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha de conscientização, com o tema “HIV. É sobre viver, conviver e respeitar. Teste e trate. Previna-se”. Pela primeira vez, o governo federal conscientiza que “i é igual a zero”, ou seja, quando o HIV fica indetectável, há zero risco de transmissão.

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