Publicado em 30/06/2025 às 14h35.

Emirates inicia traslado do corpo de Juliana Marins; família pede nova autópsia no Brasil

Brasileira morreu durante trilha em vulcão na Indonésia; prefeitura de Niterói custeou repatriação e local ganhará homenagem póstuma

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A companhia aérea Emirates anunciou nesta segunda-feira (30) que o traslado do corpo da publicitária Juliana Marins, brasileira que morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, será iniciado nesta terça-feira (1º).

Em nota, a empresa confirmou que o corpo será transportado para Dubai no dia 1º e seguirá para o Rio de Janeiro no dia 2 de julho. A Emirates afirmou ainda que, apesar dos esforços para viabilizar o transporte anteriormente, “restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos prévios”.

“A família foi informada sobre a confirmação das providências logísticas. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família durante este momento difícil”, conclui a nota.

A família de Juliana recorreu à Defensoria Pública da União (DPU) no Rio de Janeiro para solicitar uma nova autópsia no Brasil. A petição foi protocolada junto à Justiça Federal com apoio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), da Prefeitura de Niterói.

Segundo a DPU, o pedido foi apresentado durante o plantão judicial no domingo (29), mas será analisado pelo juízo natural do caso. “A instituição segue acompanhando o caso e aguarda a manifestação do Judiciário quanto à petição apresentada”, diz a Defensoria.

A autópsia realizada na Indonésia apontou traumatismo por força contundente como causa da morte, resultado da queda durante a trilha. O laudo ainda depende da conclusão dos exames toxicológicos, que devem levar até duas semanas. Não há, até o momento, suspeitas de envenenamento ou uso de substâncias.

O corpo de Juliana levou quase quatro dias para ser resgatado devido às condições extremas do terreno — neblina, pedras escorregadias e inclinação acentuada — além das dificuldades logísticas locais.

A Prefeitura de Niterói informou que custeou R$ 55 mil para viabilizar a repatriação dos restos mortais e o sepultamento da jovem, que será velada em sua cidade natal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o Ministério das Relações Exteriores prestasse todo o apoio necessário à família. Em resposta, foi publicado um decreto no Diário Oficial da União autorizando o custeio do traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior — prática que antes era vedada pelas normas federais.

Como forma de homenagem, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), anunciou que o Mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, passarão a levar o nome de Juliana Marins. A medida, segundo ele, busca preservar a memória da publicitária e o vínculo afetivo que ela mantinha com o local.

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