Publicado em 13/05/2025 às 19h55.

PGR pede condenação dos irmãos Brazão, acusados de envolvimento na morte de Marielle

O vice-procurador, Hindenburgo Chateaubriand, afirma que os acusados devem ser condenados pelos crimes de organização criminosa e homicídio

Redação
Foto: Alerj/assessoria

 

A PGR defendeu a condenação do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, do ex-deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos (foto), do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, do major da Policia Militar Ronald Alves de Paula e do ex-policial militar Robson Calixto, assessor de Domingos.

O pedido integra a parte das alegações finais do caso, última etapa antes do julgamento do processo. O vice-procurador, Hindenburgo Chateaubriand, afirma que os acusados devem ser condenados pelos crimes de organização criminosa e homicídio.

As provas obtidas na investigação, segundo o procurador, comprovam a participação dos acusados no crime. “Os fatos que se seguiram e que culminaram na execução de Marielle e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio de Fernanda Gonçalves [assessora da vereadora], devidamente descritos na denúncia, são conhecidos e foram suficientemente tratados e comprovados na ação penal pertinente, que tramitou perante o órgão competente do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro”, afirmou Hindenburgo.

O ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter feito os disparos de arma de fogo contra a vereadora, revelou em delação que os irmãos Brazão e Barbosa foram os mandantes do crime.

Rivaldo Barbosa teria participado dos preparativos da execução do crime. Ronald é acusado de ter monitorado a rotina da vereadora e de repassar as informações para o grupo. Robson Calixto teria entregado a Lessa a arma usada no crime.

A investigação da Polícia Federal aponta que o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da vereadora aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio. Os acusados negaram participação no assassinato.

Agora, caberá ao ministro e relator do caso, Alexandre de Moraes, marcar a data do julgamento, que pode ocorrer neste ano.

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