Publicado em 10/10/2022 às 12h56.

Endividamento do brasileiro encosta em 80% e atinge recorde, informa a CNC

Proporção de endividados entre aqueles que têm renda inferior a 10 salários mínimos aumentou 0,4%, indo para 80,3% e também registrando recorde

Redação
Foto: reprodução site da Fieb
Foto: reprodução site da Fieb

 

O endividamento das famílias brasileiras cresceu para 79,3%, registrando o terceiro aumento mensal consecutivo. Com isso, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou novo recorde.

Em setembro, a proporção de endividados entre os consumidores com renda inferior a 10 salários mínimos aumentou 0,4%, indo para 80,3%, o maior patamar da série histórica da Peic. Entre as famílias com maior renda, a proporção de endividados manteve-se estável em setembro com relação ao mês anterior, mas cresceu mais na comparação anual (ampliação de 7 pontos percentuais) do que entre as famílias de menor renda (5 pontos percentuais).

“É possível verificar que a melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já contraídas”, analisa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

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