Publicado em 29/11/2024 às 11h40.

Em ato contra a anistia, Alckmin e aliados pedem punição de envolvidos em trama golpista

Presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que defende “radicalização cada vez maior pela democracia”

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), um dos alvos do plano de assassinato em uma tentativa de golpe de Estado, segundo a Polícia Federal (PF), afirmou ser necessário “estar atento” para defender o Estado Democrático de Direito. A declaração foi feita em um ato virtual realizado na quinta-feira (28) contra a anistia aos participantes dos ataques antidemocráticos do 8 de Janeiro.

“Precisamos estar atentos e próximos para defendermos juntos o Estado Democrático de Direito”, afirmou Alckmin, em um vídeo exibido durante o 11º ato do Fórum pela Democracia, realizado pelo movimento Direitos Já, que conta com o apoio de 16 partidos, entre eles MDB, PSDB, PT e PSOL.

Segundo matéria do Estadão, a organização do movimento detalha que o relatório da PF sobre o plano golpista, que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, motivou o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do grupo, a organizar o ato.

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, defendeu que os participantes da trama sejam punidos. “Nós, do PSDB, e eu, particularmente, prego uma radicalização cada vez maior pela democracia. Os acusados precisam ter direito à ampla defesa, mas é preciso efetivamente que haja punição àqueles que quiseram devolver o Brasil ao filme que a gente assistiu com tristeza a partir de 1964″, disse o tucano.

Manuella Mirella, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que está convocando uma grande mobilização nas ruas no dia 10 de dezembro. “A gente reforça necessidade de punição dos golpistas, tanto da tentativa de golpe do 8 de Janeiro como dos financiadores desse processo.”

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL), por sua vez, defendeu o arquivamento do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. “Nossa luta tem que incorporar o aterramento, o arquivamento desse absurdo, que é o projeto de anistia. A gente não pode pensar nessa hipótese”, afirmou.

Já o senador Marcelo Castro (MDB-PI) reforçou a necessidade de defesa da democracia. “Achávamos que tínhamos voltado a um sistema de democracia e que nada mais iria atrapalhar nossa marcha no sentido do desenvolvimento. Nós, agora, em 2022, tivemos muito próximos de um rompimento democrático e de instalação de um golpe. Todos que somos democratas precisamos estar unidos, sabendo que a democracia precisa ser cultivada e defendida a todo tempo”, disse.

Octávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), afirmou que “quando se fala do golpe de 64, ninguém foi punido”. “Isso pesa até hoje. Quando esse grupo de militares se reúne e ameaça um golpe, ameaçam matar um presidente eleito, um vice-presidente eleito, um ministro do Supremo, eles se baseiam numa impunidade que vem lá de longe.”

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