Publicado em 29/11/2024 às 08h20.

‘Eu apelo aos ministros do STF, vamos partir para uma anistia’, diz Bolsonaro

"Se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes sobre a anistia, estava tudo resolvido", afirmou o ex-presidente

Redação
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu apelo pela concessão de anistia aos envolvidos na trama golpista em 2022, ao mesmo tempo, em que negou as acusações do relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe. Em entrevista à revista Oeste, Bolsonaro afirmou que apenas um perdão aos “excessos” cometidos na escalada antidemocrática que culminou nos ataques de 8 de janeiro poderia pacificar o país.

“Eu apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal, eu apelo. Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia, vai ser pacificado”, afirmou o ex-presidente.

Ele comparou o cenário atual à promulgação da Lei de Anistia de 1979, ao fim da ditadura militar. “Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes”, afirmou, referindo-se ao ministro do STF. Bolsonaro defendeu que, assim como na Lei de Anistia, que perdoou atos de violência política durante a ditadura, um perdão também seria necessário para resolver a crise política atual. “Se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes sobre a anistia, estava tudo resolvido”, disse.

Bolsonaro também elogiou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por sua atitude após o indiciamento do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) pela PF, que havia criticado um delegado federal. O ex-presidente também pediu aos ministros do Supremo Tribunal Federal que “repensassem” suas atitudes, destacando que a anistia seria um caminho para a pacificação do país.

Além disso, o ex-mandatário criticou o relatório da Polícia Federal sobre a trama golpista, chamando-o de “peça de ficção”. Bolsonaro afirmou que, após as eleições de 2022, discutiu com comandantes militares a possibilidade de decretar o estado de sítio, estado de defesa e até o uso do artigo 142 da Constituição, que trata da intervenção das Forças Armadas. “Eu discuti, sim, conversei, não foi uma discussão acalorada”, afirmou, negando qualquer plano golpista.

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