Publicado em 22/07/2025 às 10h03.

No Chile, Lula diz que democracia corre risco semelhante ao visto no período nazista

Presidente comparou as duas épocas em uma entrevista coletiva logo após participar de reunião com outros líderes mundiais sobre defesa da democracia

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a onda recente de extremismo na política global com o período de ascensão do Partido Nazista na Alemanha, na década de 1930. “Por que nós estamos fazendo esse movimento? Porque a democracia corre risco com o extremismo como ocorreu na fundação do Partido Nazista, com a questão da ascensão do [Adolf] Hitler”, afirmou Lula, comentando sobre a reunião de alto nível sobre defesa da democracia que participa em Santiago, no Chile.

Segundo matéria do InfoMoney, o encontro, nomeado de ‘Democracia Sempre’, é organizado pelo presidente chileno Gabriel Boric e reúne, além dos dois líderes, os presidentes Gustavo Petro (Colômbia), Pedro Sánchez (Espanha) e Yamandú Orsi (Uruguai). Na sequência da reunião reservada entre os líderes, eles se encontraram com representantes da sociedade civil, do meio acadêmico e de grupos de reflexão sobre políticas públicas.

“O que nós queremos é democracia, não importa que seja de direita, que seja de esquerda, que seja de centro. O que nós queremos é o exercício da democracia, com tolerância, com respeito à diversidade, com respeito ao pensamento ideológico, com respeito à cultura de cada país, a cada religião. É isso que eu quero para o Brasil”, disse Lula em entrevista coletiva nesta segunda-feira (21).

O presidente brasileiro tem defendido o uso de ações mais concretas e urgentes de combate ao extremismo, diante do agravamento da ofensiva antidemocrática no mundo.

Durante a reunião, três temas foram debatidos: a defesa da democracia e do multilateralismo; o combate às desigualdades; e tecnologias digitais e o enfrentamento à desinformação. Logo após o fim do encontro, os presidentes divulgarem uma declaração conjunta com compromissos e consensos em defesa da democracia.

O documento, publicado pelo Palácio Itamaraty, destaca ações prioritárias e premissas que consideram essenciais, como:

-A promoção de um multilateralismo inclusivo e participativo;

-A reforma do sistema de governança global;

-O fortalecimento de uma diplomacia democrática ativa, baseada na cooperação entre Estados que compartilham os valores da democracia, da justiça social, dos direitos humanos e da soberania;

-Reafirmar o compromisso com a paz, o respeito ao direito internacional e a direitos humanitários;

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