Publicado em 25/01/2020 às 15h30.

Queiroz pretende usar suposta irregularidade na colheita de provas pelo MP

Ex-assessor avalia que o pedido do MP para a busca e apreensão de dezembro traz a senha para um futuro pedido de prisão contra ele

Redação
Foto: Reprodução / SBT
Foto: Reprodução / SBT

 

Fabrício Queiroz pretende expor o que considera uma ilegalidade na colheita de provas do Ministério Público (MP) no inquérito que o investiga, segundo a coluna de Guilherme Amado, na revista Época.

Queiroz avalia que o pedido do MP para a busca e apreensão de dezembro traz a senha para um futuro pedido de prisão contra ele: o celular de outra ex-assessora de Flávio Bolsonaro, Danielle Mendonça.

Apreendido durante a operação Os Intocáveis, que investigou a atuação de milicianos na Zona Oeste do Rio, o aparelho trazia mensagens em que ela diz a uma amiga que há muito tempo vinha “incomodada com a origem desse dinheiro”, referindo-se ao que recebia do gabinete.
Ainda de acordo com a publicação, com outra amiga, ela confirmava a ilegalidade dos pagamentos que recebia.

Entretanto, segundo Queiroz, a Polícia Civil não tinha autorização para apreender o celular de Danielle, apenas o de seu marido, Adriano Nóbrega, acusado de pertencer a um grupo de extermínio, que está foragido.

Na avaliação do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, nada que consta do celular poderia ser usado como prova.

Em resposta à coluna, o MP do Rio afirmou que na operação Intocáveis “foram expedidos pelo Judiciário três mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao capitão Adriano, com autorização expressa para apreender qualquer bem, inclusive celulares, que tivessem relação com o crime”.

O órgão afirmou também ter “verificado um encontro fortuito de provas” na análise dos celulares encontrados na residência do capitão e que, por isso, “solicitou ao Juízo da operação Intocáveis o compartilhamento de provas, tendo sido adotado o procedimento normativo regular”.

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