Publicado em 19/08/2019 às 10h53.

Líder diz que oposição não vai aceitar interferência da prefeitura no projeto do Uber

"Esse projeto chegou na Casa há mais de um ano. O Executivo fez pressão para ser votado, mas não houve sucesso", disse

Matheus Morais
Foto: Reginaldo Ipê/CMS
Foto: Reginaldo Ipê/CMS

 

Previsto pelo presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Jr. (SD), para ser votado em plenário no dia 28 de agosto, o projeto que regulamenta o transporte por aplicativos em Salvador continua causando polêmica na Casa.

O líder da oposição, Sidninho (Podemos), afirmou nesta segunda-feira (19) que a minoria não vai aceitar nenhum tipo de interferência da prefeitura no projeto.

“Os aplicativos hoje são uma realidade. . Com a chegada de Geraldo Jr. ele evocou esse projeto e vem tentando que os taxistas não sejam prejudicados. O limite do executivo é quando ele manda o projeto para a Casa. Não vamos aceitar nenhum tipo de interferência do Executivo no projeto”, ressaltou em entrevista à rádio Metrópole.

Se o projeto for aprovado nos moldes estabelecidos pela gestão municipal, os motoristas que atuam no transporte por aplicativos irão acionar a Justiça para que a lei não seja aplicada, garante o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA), Átila Santana.

“O Supremo já vetou qualquer possibilidade de limitar o número de motoristas, inclusive fazendo a cidade de São Paulo voltar atrás em seu processo de regulamentação. A Prefeitura e o presidente da Câmara, Geraldo Jr., sabem disso porque são advogados. O projeto que está aí é inconstitucional e não vai passar. Ainda que passe, estamos tranquilos porque temos a Justiça ao nosso lado e a lei será derrubada na primeira liminar. É um absurdo que, em um país afundado em crise, queira resolver o problema de 7 mil motoristas e desempregar outros 21 mil”, disse ao bahia.ba.

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