Publicado em 12/11/2025 às 19h17.

Aladilce critica sugestão da FGV de adiar revisão do PDDU para 2027

"Caso o Executivo acate essa recomendação, a proposta só será enviada à Câmara em 2027, o que é um absurdo", afirmou a edil

Redação
Foto: Victor Queirós

 

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada de oposição na Câmara de Salvador, criticou nesta quarta-feira (12) a proposta da Fundação Getulio Vargas (FGV) de adiar para 2027 a conclusão da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da capital baiana.

Durante a sessão, a parlamentar classificou como “estranha” a justificativa apresentada pela instituição, que recomenda a ampliação do cronograma para evitar a “politização” do processo em razão das eleições de 2026. O contrato da FGV com a prefeitura, firmado por R$ 3,6 milhões e com dispensa de licitação, prevê a elaboração dos estudos técnicos que embasam a revisão do plano.

“É no mínimo estranho que a FGV, instituição de outro estado contratada pela prefeitura, sugira que os trâmites sejam finalizados após as eleições de 2026, para que o processo não seja contaminado. Caso o Executivo acate essa recomendação, a proposta só será enviada à Câmara em 2027, o que é um absurdo, porque isso já deveria ter acontecido há mais de um ano”, afirmou Aladilce.

A vereadora também criticou a postura da fundação, alegando que cabe à entidade desenvolver o projeto técnico, e não opinar sobre o momento político mais adequado para sua tramitação. “Na minha opinião, e da nossa bancada, esta é uma postura inadequada. O que é que a FGV tem a ver dando opinião sobre o processo político da cidade, se foi contratada para apresentar um estudo técnico?”, questionou.

Aladilce aproveitou o debate para fazer um apelo ao presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), pedindo que não tramite mais projetos do Executivo que tratem de mudanças pontuais no PDDU ou na Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (Louos). “Está claro que esse tem sido o método da prefeitura: fatiar a revisão do PDDU e da Louos e embutir em projetos aparentemente comuns”, alertou.

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