Publicado em 21/11/2016 às 12h00.

Desde 1971, doador leva esperança na veia ao banco de sangue

Com 66 anos, o professor Arnaldo Sant'Anna espera chegar à idade limite (69) como doador de sangue sem interromper a tarefa que abraçou há 45 anos

Luís Filipe Veloso
Foto: Bruno Ferrucio/ Hemoba
Foto: Bruno Ferrucio/ Hemoba

 

A necessidade de ajudar o pai de um colega de trabalho levou pela primeira vez a um banco de sangue o professor, auditor e perito contábil Arnaldo Sant’Anna, com 22 anos à época, no extinto Instituto de Coleta de Sangue da Bahia (Colsan), então localizado na Rua Araújo Pinho, no bairro da Graça.

Agora com 66 anos, 45 deles como doador de sangue regular, um dos doadores de hemocomponentes mais antigos da Bahia contou nesta segunda-feira (21) ao bahia.ba que se realiza nas dependências do Hemocentro Coordenador da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), que fica na ladeira do Hospital Geral do Estado (HGE), em Brotas.

Ele conta que há 10 anos, enquanto o técnico de enfermagem higienizava seu braço para, mais uma vez, colher o sangue, resolveu questionar o profissional sobre “umas cadeiras diferentes que estavam no local”. Ali Arnaldo conheceu a doação por Aférese, aprendeu que ela pode captar até oito vezes mais plaquetas de um mesmo doador, por visita, e é realizada em um intervalo menor.

Foto: Bruno Ferrucio/ Hemoba
Foto: Bruno Ferrucio/ Hemoba

 

“Fiz os exames e fui aceito! A partir de então, todo mês eu doo plaqueta e a cada 60 dias doo plaqueta e sangue, ao mesmo tempo”, diz o professor, que relatou torcer para que nenhuma intercorrência de saúde atrapalhe seu ideal até a chegada aos 69 anos, idade limite para a doação no Brasil.

Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue – Os bancos de sangue da Bahia se associam à mobilização que ocorre em todo país e tem o marco no dia 25 de novembro. Neste ano, o Hemoba realiza programação desta segunda-feira (21) até sexta (26) para motivar quem já realiza o ato, além de sensibilizar novos doadores.

Quem for esta semana ao Hemocentro Coordenador, ao lado do HGE, vai poder participar de oficinas e assistir a programações culturais.

Segundo a fundação, apenas 1,4% dos baianos doam sangue regularmente, número abaixo do previsto pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o equilíbrio dos estoques, a OMS indica que entre 3% e 5% da população de uma unidade federativa exerça a doação periodicamente.

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