Publicado em 16/03/2016 às 10h32.

Homem é preso na BA acusado de ataques racistas a Taís Araújo e Maju

Tiago Zanfolin Santos é integrante de uma organização criminosa que, pela Internet, fez vários ataques racistas a atrizes, jornalistas e apresentadoras

Redação
Tiago Zanfolin Santos da Silva, de 26 anos Foto: Ascom/Polícia Civil
Tiago Zanfolin Santos da Silva, de 26 anos Foto: Ascom/Polícia Civil

 

Um homem, de 26 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (16) na cidade de Brumado, no sudoeste da Bahia, suspeito de integrar uma quadrilha de crimes de informática, injúria racial e invasão de dispositivo. A prisão faz parte da Operação Cyberstalking, deflagrada pela Delegacia de Polícia Civil de Repressão a Crimes de Internet do Rio de Janeiro, com apoio da polícia na Bahia.

Segundo informações do delegado Leonardo Rabelo, coordenador da Coorpin/Brumado, Tiago Zanfolin Santos é integrante de uma organização criminosa que, pela Internet, fez vários ataques racistas a atrizes, jornalistas e apresentadoras, como Taís Araújo, Sharon Menezes, Chris Vianna, Maria Júlia Coutinho (Maju), Xuxa Meneghel e Angélica.

Tiago Zanfolim Santos foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária. Com ele, foi apreendido um notebook, uma CPU e um celular. O material e o preso foram levados para a Delegacia de Brumado, de onde serão encaminhados para o Rio de Janeiro. A quadrilha que Tiago é suspeito de integrar também pode estar relacionada a crimes de pedofilia. Ele é funcionário de uma loja de venda e manutenção de equipamentos de informática e estava em casa quando foi preso. No momento da prisão, o acusado não esboçou nenhuma reação.

 

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Um notebook, um CPU e um celular em posse de Zanfolin foram apreendidos Foto: Ascom/Polícia Civil

 

A operação foi deflagrada às 6h em seis estados para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Bahia.

Investigações – Na operação, ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão e onze de busca e apreensão. Segundo a investigação, um dos líderes do grupo, suspeito de cometer os ataques racistas, é menor de idade e foi apreendido em Jandira, em São Paulo. Ele foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

O objetivo principal do grupo era praticar ataques racistas. O ataque sofrido pela atriz Taís Araújo foi premeditado e articulado pelo grupo. As investigações apontam ainda que eles realizam frequentemente este tipo de ação a perfis na internet, sites e contatos de Whatsapp, sempre com ofensas racistas.

Racismo – Os ataques a atriz ocorreu por meio de comentários no Facebook, no final de outubro do ano passado. Na época dos ataques, Taís chegou a desabafar no Twitter e disse que iria recorrer à Polícia Federal: “É muito chato, em 2015, ainda ter que falar sobre isso, mas não podemos nos calar. Na última noite, recebi uma série de ataques racistas na minha página. Absolutamente tudo está registrado e será enviado à Polícia Federal. Eu não vou apagar nenhum desses comentários. Faço questão que todos sintam o mesmo que eu senti: a vergonha de ainda ter gente covarde e pequena neste país, além do sentimento de pena dessa gente tão pobre de espírito. Não vou me intimidar, tampouco abaixar a cabeça”, escreveu.

Já a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, foi alvo de comentários racistas na página do Jornal Nacional no Facebook, no mês de julho do ano passado.

Com informações do G1

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