Publicado em 31/05/2016 às 13h20.

Teste nacional do Zika vírus é lançado em Salvador

Exame será fabricado no estado pela Fundação Bahiafarma e vai atender demanda do MS; previsão inicial de produção é de 500 mil testes/mês

Redação
Foto: Alberto Coutinho GOVBA
Foto: Alberto Coutinho GOVBA

 

O primeiro teste rápido nacional do Zika vírus, que apresenta resultado em 20 minutos, foi lançado, nesta terça-feira (31), em Salvador, pela Fundação Bahiafarma. O exame será fabricado no estado para atender à demanda do Ministério da Saúde. A previsão inicial de produção é de 500 mil unidades por mês. A Bahia foi o primeiro estado a criar um teste sorológico rápido de identificação da doença, chancelado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A tecnologia, que poderá ser reproduzida e comercializada em todo o país, vai acelerar a conclusão do diagnóstico, que atualmente leva meses para ser obtida. A informação foi divulgada à imprensa pelo secretário Fábio Vilas-Boas, durante coletiva no Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA), no bairro de Brotas, em Salvador.

O teste rápido permite a detecção por meio do comportamento dos anticorpos do paciente em qualquer fase da doença, o que, além de confirmar o diagnóstico em até 20 minutos, colabora também na identificação de infecções recentes (até duas semanas). O procedimento chega a custar 15 vezes menos do que a técnica laboratorial conhecida como PCR, usada atualmente para identificar os casos da doença. De acordo com Vilas-Boas, o teste em tempo hábil facilita as ações de combate à epidemia e dá mais segurança à população.

“Em qualquer posto de saúde, seja nos lugares próximos ou nos mais longes, o paciente saberá, em minutos, a resposta [se tem ou não a doença]. Hoje temos várias pessoas com o sintoma, mas sem o diagnóstico definitivo. A informação é de grande valia para o cidadão. Principalmente para as mulheres com idade gestacional, para saber se tem ou se já teve a infecção pelo Zika Vírus, vai ser importante para a decisão de iniciar ou não uma gestação”, afirmou o secretário.

O desenvolvimento do teste foi realizado por meio de uma parceria entre o governo baiano e a empresa sul-coreana Genbody Inc.m, que firmaram um acordo de transferência de tecnologia para a Bahiafarma. A partir da assinatura, foram dez meses de pesquisas conjuntas, até que a fundação baiana conseguisse cumprir todas as exigências da Anvisa.

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