Delegada diz que estupro no Rio está provado; suspeito se entrega
Segundo a delegada, seis suspeitos de envolvimento no crime já tiveram o pedido de prisão temporária pedido
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (30), a delegada Cristiana Barreto, que assumiu o caso de estupro coletivo a uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, após o afastamento do delegado Alessandro Thiers, afirmou não ter dúvida de que o fato realmente aconteceu. De acordo com a policial, o crime está provado pelas provas materiais que foram apresentadas. “Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O que quero agora é verificar a extensão desse estupro, quantas pessoas praticaram esse crime”, afirmou a delegada.
Titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana alegou que o processo corre em segredo de Justiça e por isso não dará acesso às declarações prestadas pela vítima e pelos suspeitos. Seis suspeitos de envolvimento no crime já tiveram o pedido de prisão temporária pedido. Segundo a polícia, o que prejudicou a coleta de provas de que houve de fato a violência contra a jovem foi a extensão do tempo decorrido entre o crime e o exame. “Não foram colhidos indícios de violência, o que não quer dizer que ela não aconteceu. O prazo de cinco dias dificulta muita coisa. Quanto mais próximo da violência for o exame, mais fácil é a gente detectar qualquer vestígio. O corpo tem reações que são muito fugazes, desaparecem rapidamente. Então, quanto mais próximo da lesão for o exame, maiores as chances de produzir provas técnicas”, afirmou Adriane Rego, diretora do Instituto Médico Legal (IML), que realizou o exame de corpo delito.
Para a delegada Cristina, a ausência do laudo técnico não representa um problema para o caso. “Nos crimes sexuais, o exame de corpo de delito é importante, mas não é determinante. Às vezes há lesão, mas foi consentida pela vítima. E pode acontecer de ter havido estupro mesmo não tendo havido lesão”, declarou.
Suspeito – Um dos seis suspeitos já identificados de participação no caso, o jovem Raí de Souza, de 22 anos, se entregou à Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (30), na DCAV, no Centro do Rio.
O rapaz já havia sido ouvido na noite de sexta (27), quando assumiu ter sido responsável pela divulgação dos vídeos e imagens da adolescente. O advogado dele, Cláudio Lúcio, confirmou que Raí foi o autor das imagens, mas negou que tenha ocorrido estupro. “Ele falou que, tá lá no depoimento dele, que ele realmente tinha filmado, que ele estava falando que ‘é dos 30’, tentando se vangloriar, mas que realmente não foi ele, que não houve estupro, houve um ato sim, permitido pela suposta vítima”, disse o defensor.
Raí deverá ser levado ainda nesta segunda para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte, onde será ouvido pela nova delegada titular do caso.
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