Publicado em 28/11/2016 às 10h25.

Júri do caso Yoki começa nesta segunda e Elize pode pegar 33 anos

Defesa nega que a acusada tenha recebido a ajuda de outra pessoa para se livrar do corpo do marido; para a acusação, ela mente

Rebeca Bastos
Foto: Reprodução TV Globo
Foto: Reprodução TV Globo

 

Começa nesta segunda-feira (28) o júri de Elize Matsunaga, de 34 anos, presa desde 2012 por matar e esquartejar o marido, o empresário, herdeiro do grupo Yoki. O crime aconteceu no triplex onde o casal morava com a filha, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Ré confessa, ela tenta provar que trata-se de um crime passional, cometido após briga doméstica. A acusação, por sua vez, sustenta a tese de que ela agiu de forma premeditada, por interesse financeiro e contou com a ajuda de um cúmplice para se livrar do corpo. A pena pode chegar a 33 anos.

O julgamento vai ocorrer no mesmo plenário do Fórum Criminal da Barra Funda, onde Suzane von Richthofen e Gil Rugai foram condenados. Nas palavras da Promotoria, será um “duelo de criar fatos”. Elize vai responder por homicídio qualificado, além de destruição e ocultação de cadáver.

Marcos, que tinha 42 anos, foi morto no dia 19 de maio de 2012, após levar um tiro do lado esquerdo do crânio. Ele teve o corpo esquartejado em sete partes, que foram armazenadas por Elize em malas e jogadas numa estrada de Cotia, na Grande São Paulo. Segundo a acusação, o seguro de vida de R$ 600 mil da vítima motivou o crime.

Com um processo de 26 volumes, o julgamento promete ser longo – o plenário foi reservado por cinco dias. Na condução estará o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5.ª Vara do Júri, o mesmo que atuou no julgamento do seminarista Gil Rugai, condenado a 33 anos e 9 meses de prisão por matar o pai e a madrasta em 2004, em São Paulo.

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