Publicado em 26/04/2019 às 13h37.

Mulheres dedicam quase o dobro do tempo dos homens em afazeres domésticos

O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo IBGE

Redação
Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias
Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

 

A quantidade de horas dedicadas pelos brasileiros para a realização de tarefas domésticas e cuidados com pessoas é maior entre as mulheres do que entre os homens. O dado foi apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) referente a outras formas de trabalho, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A sondagem do IBGE revela que as mulheres dedicam 21,3 horas semanais a essas duas atividades; entre os homens o número cai para 10,9 horas semanais – cerca de metade do tempo delas.

A PNADC abrange afazeres domésticos, cuidados com pessoas, trabalho voluntário e produção para o próprio consumo, categorias definidas como outras formas de trabalho pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) durante conferência internacional, em 2013.

Faixa etária

A população que mais realiza afazeres domésticos está na faixa etária de 25 a 49 anos de idade, considerada bem inserida no mercado de trabalho. Em 2018, essa faixa etária apresentou taxa de 89,4% no país. O número foi bem elevado também para pessoas com 50 anos ou mais (86,2%), caindo para o grupo de 14 a 24 anos de idade (76,4%).

A economista e gerente da PNAD, Maria Lúcia Vieira, afirma que o tipo de atividade realizada e a quantidade de horas dedicadas ainda é diferente entre os sexos. “O papel desempenhado e a quantidade de horas que a mulher e o homem dedicam a essa atividade de afazeres ainda são bastante diferenciados. A gente vê que atividades talvez mais trabalhosas, que são fazer faxina, lavar ou cozinhar, ainda estão muito sob a responsabilidade da mulher, assim como cuidar da criança e das necessidades básicas dela de comer, tomar banho ou estudar. Esse papel ainda cabe muito à mulher”, explicou.

Ainda de acordo com a economista do IBGE, os homens preferem atividades mais periféricas, como arrumar domicílio e garagem, limpar o jardim ou fazer pequenos reparos.

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