Publicado em 04/10/2017 às 14h20.

Custos industriais crescem 0,8% no segundo trimestre, mostra CNI

O estudo apurou que o componente que apresentou maior impacto no custo total foi o tributário

Redação
Foto: Manu Dias/ GOVBA
Foto: Manu Dias/ GOVBA

 

Os custos industriais fecharam o segundo trimestre do ano com crescimento de 0,8%, em relação ao primeiro trimestre, na série livre de influências sazonais, puxados pelos aumentos de 5,8% nas despesas com produtos intermediários importados; de 3,5% no custo tributário, e de 2,4% no custo com pessoal.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (4) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e fazem parte da pesquisa Indicador de Custos Industriais.

Segundo avaliação da CNI, o crescimento dos custos industriais só não foi maior no segundo trimestre em razão das retrações no custo com capital de giro, que caiu 7,5% entre um trimestre e outro; da energia, com queda de 1,1%; e com produtos intermediários domésticos, cuja retração foi de 0,9%.

O estudo apurou que o componente que apresentou maior impacto no custo total foi o tributário, cujo aumento de 3,5%, associado ao alto peso do componente no custo total, influenciou para cima o indicador no trimestre.

O Indicador de Custos Industriais indica que os sucessivos cortes na Selic (a taxa básica de juros), que vêm sendo promovidos pelo Banco Central (BC) reduziram os custos do capital de giros neste segundo trimestre do ano, uma vez que vêm sendo repassados às empresas, e tem contribuído para a contenção dos custos industriais totais.

A queda do custo com capital de giro chegou a 7,5% no segundo trimestre, em relação ao primeiro, e acumula retração de 19,5% em relação ao segundo trimestre de 2016. Já a desvalorização do real, que seguiu o agravamento da crise política, foi responsável pelo aumento de 5,8% no custo com bens intermediários importados.

Temas: brasil , Indústria , CNI

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