Publicado em 04/11/2018 às 08h30.

Novo governo manterá a estrutura do programa de investimentos de Temer

Proposta de equipe de Bolsonaro é que PPI conduza processo de privatização de R$ 700 bi

Redação
Fotos: reprodução-TV Record/Ueslei Marcelino-Reuters/edição bahia.ba
Fotos: reprodução-TV Record/Ueslei Marcelino-Reuters/edição bahia.ba

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), herdará do governo de Michel Temer o PPI (Programa de Parceria em Investimentos) com toda a estrutura já montada e pronto para trabalhar. Segundo reportagem publicada neste domingo (4) na Folha de S. Paulo, a nova administração não precisará trocar chefes ou servidores, nem programas que estão em andamento.

No novo desenho, a equipe do programa ficará vinculada à Presidência da República, com autonomia de ministério, e sob o comando do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. Ele mesmo já declarou que assumirá o órgão. Sua indicação, no entanto, não foi confirmada por Bolsonaro.

Hoje, o PPI está vinculado à Secretaria-Geral da Presidência, não diretamente à Presidência da República. Inicialmente, Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, disse que pretendia mantê-lo em seu ministério para acelerar e ampliar as privatizações e concessões em curso nos últimos dois anos por Temer.

Desde maio de 2016, quando foi lançado, o PPI teve mais de 105 projetos leiloados com obrigações de investimentos de R$ 236 bilhões durante a concessão. Outros 191 projetos seguem em estudo, incluindo o de prorrogação de rodovias e ferrovias concedidas.

Sob Bolsonaro, o PPI conduzirá um amplo programa de desestatização, um dos pilares da política econômica de Guedes para a redução do déficit primário.

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