Publicado em 26/09/2018 às 19h20.

Raízen deixa de investir R$ 2 bi no Brasil após governo dar subsídio ao diesel

Os investimentos estimados pela administradora dos postos Shell estavam sendo projetados para a infraestrutura logística do país

Redação
Foto: Romulo Faro/bahia.ba
Foto: Romulo Faro/bahia.ba

 

A Raísen, que administra mais de 6 mil postos da marca Shell no País em parceria com a Cosan, está deixando de investir entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões em infraestrutura logística no Brasil devido ao subsídio dado pelo governo ao diesel após a greve dos caminhoneiros.

Os dados foram revelados nesta quarta-feira (26) pelo vice-presidente de logística e trading da empresa, Ricardo Mussa.

“Hoje a gente está segurando. Vamos aguardar, vem aí as eleições. Agora tem muita interferência no mercado que coíbe fazer os investimentos”, afirmou Mussa, durante palestra na Rio, Oil & Gas 2018.

Ele destacou ainda, segundo informações do Estadão, o fato da subvenção ter acabado com o mercado para importação de diesel com a medida.

“A Petrobrás voltou a ser uma grande monopolista, inclusive na importação, criando uma grande incerteza do que vai acontecer daqui para frente”, avaliou.

Para dar um fim na greve dos caminhoneiros, o governo federal concedeu subsídio de até R$ 9,5 bilhões aos importadores de diesel até o dia 31 de dezembro deste ano.

Ricardo Mussa defende é preciso começar o planejamento agora para o fim do subsídio, para que não haja um caos nos postos a partir do dia 1º de janeiro de 2019.

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