Publicado em 07/12/2017 às 17h50.

Academia do Oscar cria ‘padrões de conduta’ após escândalos de assédio

A decisão para a criação do regulamento promete gerar mudanças, não só no Oscar, mas em outras organizações como AFI, Film Independent, e UCLA

Redação
Foto: Reprodução/ EBC
Foto: Reprodução/ EBC

 

Em meio a todos os escândalos sexuais de Hollywood, a Academia de Artes e Ciência Cinematográficas, responsáveis pelo Oscar, resolveu estabelecer “padrões de conduta” para seus integrantes. A decisão promoverá alterações na estrutura de relações de trabalho e promete duras consequências para qualquer pessoa que tenha agido de forma abusiva ou preconceituosa, promovendo suspensões e expulsões para quem descumpra o regulamento.

“[…] Os membros devem se comportar de forma ética, defendendo os valores da Academia de respeito pela dignidade, inclusão e de um ambiente de apoio que promove a criatividade. […] Não há lugar na Academia para as pessoas que abusam do status, poder ou influência de forma que viole os reconhecidos padrões de decência. A Academia é totalmente contra qualquer forma de abuso, assédio ou discriminação — seja de gênero, orientação sexual, raça, etnia, deficiência, idade, religião ou nacionalidade.”, diz um trecho da declaração.

Os Padrões de Conduta da Academia foram organizados pelo CEO Dawn Hudson junto com profissionais de diferentes áreas e foi encaminhado para todos os membros. Uma equipe irá “finalizar os procedimentos para lidar com as alegações de má conduta, garantindo que [a Academia] possa agir de forma justa e eficiente”. Essas orientações serão passadas a diante a partir de 2018, logo, membros acusados como Kevin Spacey e Roman Polanski não devem ser afetados, pelo menos não imediatamente.

A decisão para a criação do regulamento foi tomada junto com a Academia de Televisão e a Academia Britânica de Cinema e Televisão (BAFTA), e promete gerar mudanças, não só no Oscar, mas em outras organizações como AFI (Instituto Americano do Cinema), Film Independent (organização de cineastas independentes) e UCLA (escola de teatro, cinema e televisão).

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