Publicado em 11/07/2017 às 11h28.

Ana de Hollanda lembra aniversário do pai, Sérgio Buarque, com fotos raras

A cantora e compositora, que foi ministra da Cultura, celebra a alegria das festas da Rua Buri, em São Paulo, onde amigos muito díspares tomavam parte da farra

James Martins
Chico Buarque, Sergio Buarque Filho, o Pai, a pequena Bebel Gilberto no colo de Maria Christina Ferreira e Miúcha, entre outros, em momento de celebração (Foto: Reprodução Facebook).
Chico Buarque, Sergio Buarque Filho, o Pai, a pequena Bebel Gilberto no colo de Maria Christina Ferreira e Miúcha, entre outros, em momento de celebração (Foto: Reprodução Facebook).

 

A cantora, compositora e ex-ministra da Cultura, Ana de Hollanda usou o Facebook para lembrar o aniversário de seu pai, o sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, morto em 1982 e que completaria 115 anos neste dia 11 de julho. “11 de julho era dia de festa na Rua Buri. Dia de festa para Papai, para nós, os filhos, para os amigos dele, os nossos e para os amigos dos amigos”, escreveu ela no post em que compartilhou cinco fotos raras de Sérgio, amigos e parentes.

Ao comentar o teor das tais festas, Ana deixa claro que “naquela confusão não tinha clima para chato” e segue: “rapaziada e veteranos, como Caio Prado, tomando bênção de Nelson Cavaquinho, Flavio de Carvalho tentando atacar Miss Itália de blusa transparente, alguns padres dominicanos circulando na maior naturalidade em meio àquela festa radicalmente pagã, políticos eventualmente eram levados, desde que não arriscassem nenhuma conversa séria (…)”.

Em uma das imagens antológicas, a própria Ana aparece servindo uma dose de whisky a ninguém menos que Vinícius de Moraes, o poeta que dizia que “o whisky é o melhor amigo do homem, o cachorro engarrafado”, sob os olhos do próprio Sérgio Buarque. “Por tudo isso, apesar da saudade, só posso pensar em 11 de julho como uma data alegre”, conclui ela.

Foto: Reprodução do Facebook
Servindo um whiskinho ao poetinha, sob as lentes do pai (Foto: Reprodução do Facebook)

 

Dono de uma das obras mais importantes na perquirição do “caráter nacional”, em que se destaca “Raízes do Brasil” (1936), Sérgio Buarque de Holanda foi também um grande crítico literário que saudou em primeira hora momentos singulares das vanguardas nacionais, desde o modernismo de Oswald e Mário de Andrade até os primeiros livros dos futuros concretistas Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Veja o post completo:

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