Publicado em 08/12/2017 às 07h59.

Familiares acusam companheira de Mãe Stella de esconder ialorixá

De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio, o sumiço da sacerdotisa já dura 12 dias e o caso já gerou até mesmo queixa na polícia

Redação
Foto: Amanda Oliveira/Fotos Públicas
Foto: Amanda Oliveira/Fotos Públicas

 

Familiares de Mãe Stella de Oxóssi e filhos do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá acusam a psicóloga Graziela Domini de retirar a ialorixá de casa sem informar o paradeiro. A informação é da coluna Satélite, do jornal Correio. Em junho, a família da sacerdotisa pediu sua interdição junto ao Ministério Público, por motivos semelhantes.

Ainda de acordo com a publicação, haverá uma reunião na Sociedade Cruz Santa do Ilê Axé Opô Afonjá, nesta sexta-feira (8), para discutir estratégias para resgatar Mãe Stella, que, segundo informações ainda não confirmadas, estaria em Nazaré, no Recôncavo, onde Graziela tem parentes.

Em carta assinada por 71 pessoas, eles denunciam que Graziela, considerada persona non grata no templo, estaria impedindo visitas a Mãe Stella, além de desrespeitar ritos e costumes do local. A carta diz ainda que o “sumiço” da ialorixá já dura 12 dias.

A coluna cita ainda uma outra carta, esta escrita por Graziela Domini, em sua defesa. Ela se apresenta como companheira de Mãe Stella e diz ser alvo de injustiças.

A psicóloga classifica trechos do documento dos familiares como difamatórios, nega proibição de visitas e afirma que não decide nada em nome da ialorixá. Graziela também destaca que o conflito afetou a saúde da líder religiosa.

O caso envolvendo Mãe Stella chegou à polícia. No último dia 24, Graziela Domini prestou queixa contra filhos do terreiro por terem levado a ialorixá para a Casa de Oxóssi sem seu conhecimento, segundo consta no boletim de ocorrência.

No registro, ela diz ser a “responsável pelo cuidado de saúde da idosa” e afirma que os filhos do Ilê invadiram a casa da ialorixá sem autorização.

No boletim, a polícia informa que Graziela exibiu um vídeo em que Mãe Stella expressa vontade de “ir morar com a sua companheira em um lugar escolhido pelas duas para poderem viver em paz”.

Familiares, por outro lado, negaram ter levado Mãe Stella à força. Eles contaram que, inclusive, teria sido vontade da ialorixá ir à Casa de Oxóssi. “Não queremos nada de material, só queremos a volta de Mãe Stella para o axé”, contou uma sobrinha, que pediu anonimato.

Os conflitos vêm desde junho, quando a Satélite publicou que familiares pediram a intervenção do Ministério Público (MP) para terem acesso à mais influente e respeitada líder religiosa do candomblé em atividade no país. À época, informaram ao MP que Mãe Stella estaria sofrendo maus-tratos físicos e psicológicos.

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