Publicado em 03/10/2018 às 10h43.

‘O medo fez a Alemanha eleger o Hitler’, diz Marco Pigossi

Ator que rescindiu o contrato com a Globo após a novela "Onde Nascem os Fortes" para trabalhar na Netflix, criticou a cultura do terror

Redação
Reprodução: TV Globo
Reprodução: TV Globo

 

Fora da Rede Globo, o ator Marco Pigossi enfrenta novos desafios em sua carreira. Ele gravou dois longas, “O Nome da Morte”, onde encarna um matador de aluguel cristão, e “A Última Chance”, em que vive um carioca lutador de muay thai que mora na favela.

E tem mais: o ator está em processo de gravação de uma série da Netflix. Para ele, a possibilidade de fazer diferentes papeis foi o que lhe motivou a deixar as telinhas.

Distante da Rede Globo, Pigossi falou sobre o momento político do Brasil e a da sociedade. Ele faz um paralelo com o personagem Zeca, da última novela que participou, “A Força do Querer”. Para a sua surpresa, o protagonista, machista e meio jeca, fez sucesso com o público feminino.

“Vivemos em uma sociedade machista estruturalmente. Achei que essa novela traria esse questionamento, até porque já estávamos vivendo essa onda feminista. Mas nada disso aconteceu. O Zeca me fez repensar minha função social e artística como ator”, admite.

Ele alerta para a cultura do medo que está associada ao sentimento de liberdade e lembra: “O medo fez a Alemanha eleger o Hitler”. Para ele é necessário “fazer as pessoas perderem o medo das diferenças”.

“Ainda tem gente que acha que uma exposição como o QueerMuseu é para influenciar as crianças a serem gays, quando na verdade é para que crianças e adultos se permitam ser quem eles são e para ensinar o outro a ter tolerância e respeito”, analisa.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.