Publicado em 18/07/2019 às 11h48.

Presença de Miriam Leitão foi cancelada para evitar ‘desconforto’, diz organizador

Jornalista iria participar de feira literária em Santa Catarina, mas seu convite gerou forte reação nas redes sociais

Redação
Reprodução: Divulgação/ AP Assessoria Press
Reprodução: Divulgação/ AP Assessoria Press

 

A decisão de retirar o convite feito a Miriam Leitão e ao seu marido, o cientista social Sérgio Abranches, para participarem da Feira do Livro de Jaraguá do Sul, foi para evitar “desconforto”, diz o organizador do evento, João Chiodini.

Segundo ele, a organização se viu “obrigada” a cancelar porque surgiram pessoas nas redes sociais “dizendo que não deixariam ela falar”. Em entrevista à Veja, João admite que não gosta de que chamem a medida de “censura”, já que foi uma forma de “preservar” a jornalista de passar por uma situação embaraçosa.

“A gente se viu obrigado a cancelar porque, depois do anúncio, começaram a surgir reclamações e pessoas dizendo que não deixariam ela falar […] Agimos com prudência. É ruim as pessoas estarem falando em censura agora. Mas foi o melhor para o evento e para ela. Seria muito humilhante ela vir ao palco e não deixarem que ela falasse. Ia ser desconfortável. Ela já tem uma carreira consolidada no jornalismo, não merece passar por esse tipo de coisa”, explica.

Nesta terça-feira (16), a jornalista se pronunciou sobre o cancelamento da sua presença na feira literária. Ela relatou que, momentos depois de ter sido anunciado o seu nome e o do marido como palestrantes, recebeu inúmeras mensagens de que os dois “seriam recebidos com ovadas”. Segundo a apresentadora da GloboNews, foi a primeira vez que passou por algo semelhante em “12 anos” de carreira.

“Infelizmente, a intolerância foi mais forte, desta vez. Mas o livro sempre vencerá”, afirmou.

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