Publicado em 20/03/2018 às 08h51.

Zezé Di Camargo critica comoção pela morte de Marielle

Sertanejo publicou a foto de uma médica morta no Rio de Janeiro em 2016 em um assalto: "não era negra, não era feminista"

Luiz Felipe Fernandez
Foto: Hit Music/Divulgação
Foto: Hit Music/Divulgação

 

Muitos artistas e personalidades internacionais se comoveram e prestaram homenagens à Marielle Franco (Psol), vereadora morta na semana passada no Rio de Janeiro. O sertanejo Zezé de Camargo – que afirmou que o Brasil não viveu uma ditadura militar, em entrevista à jornalista Leda Nagle em 2017 – preferiu se posicionar de outra forma em post no Instagram.

Ele publicou uma foto de Gisele Palhares Gouveia, “cuja profissão era salvar vidas atuando como médica foi assassinada ‘ontem’” – o caso aconteceu em 2016 – em uma tentativa “frustrada” de assalto na Linha Vermelha, no Rio. Zezé – que tem a conta privada na rede social – continua:

“Embora mulher, (Gisele) não era negra, não era feminista, não era militante de alguns partidos políticos, não frequentava os círculos LGBT, não era do MSTS, CUT ou PSOL, não estava dentro dos programas de assistência do governo”.

O cantor afirma que a médica “não preenchia os requisitos” para uma “mobilização nacional”, muito menos “atenção dos direitos humanos”. Zezé, que virou notícia após publicar um vídeo “ilhado” em sua BMW “zero quilômetros” em janeiro, concluiu: ”Ela (Gisela), como eu e você, não era ninguém”.

Após ser muito criticado, o sertanejo repostou o a imagem que havia sido publicada na story, em sua página. Ele convidou o seguidor a “refletir”, e garante que o texto não é seu, mas que tem “direito de expressar” a sua opinião. No fim, ainda fez um pedido: “Transformar uma bárbarie em politicagem, não!”.

Veja aqui:

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

 

 

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