‘Esse Ba-Vi é uma oportunidade única’, afirma Wesley Carvalho

Às vésperas do primeiro jogo pela final do Campeonato Baiano, o auxiliar técnico Wesley Carvalho, que assumiu interinamente após a demissão de Argel Fucks, vive um dos maiores desafios da sua vida. Com a desconfiança da torcida após a eliminação da Copa do Nordeste e o ânimo em baixa com a saída de Argel, Wesley afirmou durante coletiva nesta terça-feira (2) que não é momento de se falar de crise e sim de oportunidade.

“Me considero pronto. Estou no clube há 16 anos, sou auxiliar e tô aqui pra ajudar. Se vai dar certo ou não ninguém sabe, visto que estamos indo para um momento de grande emoção. Mas eu não acredito em crise, porque os grandes gestores sabem pegar um momento como esses, um momento ruim e transformar em uma oportunidade. É assim que vou falar com meus atletas. Podemos recomeçar e aproveitar essa oportunidade pra chamar o torcedor”, afirmou Wesley.

Sobre a situação do atacante Kieza, que está no departamento médico após sentir a coxa, Wesley afirmou que pretende esperar até o último minuto para saber se poderá contar com os jogadores. “Temos as duas possibilidade. Pode ser que  o Kieza vá pro sacrifício. Se ele chegar pra mim e disser ‘professor, tô com dor, mas eu vou’, aí ele vai. Imagina o Zagallo na Copa vetando o Ronaldinho se ele quisesse jogar? É um risco lançar um garoto como o Rafaelson num momento como esse. Mas, se não tiver jeito, vai ser. Preciso ouvir o feedback do DM e veremos o que vamos fazer.”, adiantou.

Quanto ao meia Dátolo, Wesley afirmou que pretende contar com o jogador e que as especulações sobre a possível rescisão do atleta são apenas boatos. “Única coisa que sei do Dátolo é que está no departamento médico, está se tratando e se estiver apto, eu vou utilizar. É um jogador técnico e de qualidade. Justamente o que estamos precisando no momento. Não vou entrar no mérito de rescisão porque são boatos e só posso analisar fatos”, indicou.

Escalação – Contrastando com o modus operandi do técnico Argel Fucks, que costumava divulgar as escalações previamente, Wesley assumiu que não é fã do hábito e que manterá o mistério até o último momento. “Quando temos o time todo afinadinho, não tem problema em dizer quem vai jogar, visto que é normalmente uma manutenção de quem vem jogando. Mas, neste momento, não tenho como escalar,não. Não gosto de divulgar. Vou esperar o DM pra ver o que eles vão falar e vou definir”, declarou.

Tentando acalmar os ânimos após as confusões ocorridas no últimos clássicos, Wesley pediu paz, tanto em campo, quanto fora, para evitar criar um clima de guerra que possa atrapalhar o estado psicológico dos jogadores. “Vamos fazer um Ba-Vi de paz. Não podemos esquecer que nós somos o espelho. Isso serve também para os torcedores. Futebol tem que ser feito de forma bonita e prazerosa. Não é um lugar de guerra ou de dar porrada. O jogo é jogado e pode ser duro, mas só dentro de campo”, finalizou.