Publicado em 06/03/2017 às 15h30.

Gol contra: torcedores repudiam suposta contratação de Bruno

Advogado anuncia que ex-goleiro estaria na iminência de voltar aos gramados e internautas reagem com indignação nas redes coais

Redação
Bruno e advogado Lúcio adolfo (Reprodução / G!)
Advogado Lúcio Adolfo e Bruno (Reprodução / G1)

 

Ao alardear que o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, é cobiçado por mais de dez times e que estaria na iminência de retornar aos gramados, o advogado Lúcio Adolfo marcou gol contra. A notícia se espalhou como rastilho de pólvora pelas redes sociais e desencadeou uma série de manifestações de repúdio de pessoas ligadas ao futebol e do público em geral.  Para os internautas, o anúncio representa uma afronta à sociedade, uma vez que o ex-jogador, embora em liberdade, ainda responde (como mandante) pela morte da ex-amante, a modelo Eliza Samúdio, com que teve um filho.

Entre as mobilizações mais relevantes, está um abaixo-assinado liderado por torcedores do Bangu Atlético Clube, time que teria manifestado interesse em contratar o jogador, segundo o advogado. O documento é direcionado à direção da agremiação e traz expressões que refletem a indignação dos organizadores. No texto, o grupo classifica “um absurdo” a ideia de contratar Bruno “(…) um assassino condenado pela morte, com requintes de crueldade e frieza, de sua ex‐namorada e mãe do seu filho”.  Até a manhã desta segunda-feira (6), o documento contava com 226 assinaturas.

Ao Jornal Extra, o diretor executivo do Bangu e sócio da Vivyd Capital, empresa do mercado financeiro que cuida da gestão do clube, Luiz Henrique Lessa, definiu como “factoide” a declaração do advogado Lúcio Adolfo.

Petição – Mais abrangente que o abaixo-assinado da torcida do Bangu, circula na internet uma petição online direcionada a todos os dirigentes de times de futebol do Brasil. Tendo à frente o movimento Somos Todos Vítimas Unidas, o documento chama a atenção para a gravidade dos crimes de que Bruno é acusado e pelos quais foi condenado pela Justiça de Minas Gerais. Pouco antes das 10h desta segunda-feira, quase 15 mil pessoas já apoiavam a manifestação.

Liberado mediante habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, há pouco mais de uma semana, o ex-goleiro foi sentenciado, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros três anos e três meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais um ano e seis meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida após ele confessar o crime.

Com informações do G1.

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