Publicado em 27/12/2016 às 17h00.

Matheus Santana vai para os EUA e é mais um nadador a deixar o Brasil

Ida aos Estados Unidos é um passo ousado para o atleta, porque a natação profissional norte-americana é muito diferente da brasileira

Jaciara Santos
Matheus Santana, natação (Foto: Swim Brasil)
Matheus Santana: carreira segue agora fora do Brasil (Foto: Swim Brasil)

 

 

Matheus Santana sempre rejeitou a ideia de fazer faculdade nos Estados Unidos, mas o insucesso no Rio-2016 o fez mudar de ideia. Aos 20 anos, sem possibilidade de acertar com alguma universidade, o nadador irá rumar para a América do Norte da mesma forma. Está acertado com o SwimMAC Elite, clube profissional baseado em Charlotte, na Carolina do Norte.

O acerto foi revelado nesta terça-feira (27) pelo site especializado SwimSwam, que contou que Matheus visitou o clube norte-americano no começo do mês e decidiu pela mudança. “Eu gostei da cidade, é calma ao mesmo tempo que é grande. Há grandes nadadores lá e eu acho que isso pode me ajudar diariamente”, afirmou o nadador, ao SwimSwam.

Em Charlotte, Matheus Santana terá como técnico David Marsh, que foi o treinador-chefe da seleção norte-americana feminina nos Jogos Olímpicos do Rio. “David é um grande treinador. Ele é inteligente e experiente. Todo o pessoal é bom, são boas pessoas”, disse o brasileiro, que não encontrará com Ryan Lochte, que deixa o SwimMAC ao fim do ano.

A ida aos Estados Unidos é um passo ousado para Matheus, porque a natação profissional de lá é muito diferente da brasileira. Nos EUA, o jovem terá que pagar para nadar, não receber. Por outro lado, ele pode ter rendimentos com premiações nos diversos torneios realizados na América do Norte, além de seguir competindo por um clube brasileiro.

Matheus, que quebrou diversos recordes nacionais de Cesar Cielo nas categorias de base, começou a se destacar em 2014, quando bateu o recorde mundial júnior e ganhou o ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, sempre nos 100m livre.

O nadador passou as ser apontado como promessa de medalha para 2016, mas nunca conseguiu fazer jus à aposta. Fez só o quinto tempo das seletivas nacionais e foi convocado apenas para nadar o revezamento 4x100m livre no Rio. Seu tempo nas eliminatórias foi tão ruim (49s00, com largada lançada), que não foi escalado para a final, quando o Brasil terminou em quinto.

Na semana passada, o Estadão revelou que pelo menos oito dos melhores jovens nadadores do país estão de malas prontas para fazer faculdade nos Estados Unidos e lá se desenvolver como atletas. Estão de saída nomes como Brandonn Almeida, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015, Felipe Ribeiro, Maria Paula Heitmann, Ana Giulia Zortea, Giovanny Lima e Bruna Primati.

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